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Quente e pouca chuva: Simepar explica como será a primavera no Paraná

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Primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizo, alta incidência de raios e chuvas volumosas.

A primavera será quente e com chuva abaixo da média histórica em todo o Paraná. É o que aponta o Simepar para a estação, que começou oficialmente às 09h44 deste domingo (22) e se estende até 21 de dezembro.

“São esperadas ondas de calor e longos períodos sem chuvas”, afirma o meteorologista do instituto, Reinaldo Kneib. A previsão indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade para o período no Estado.

Sobre a chuva, em outubro deve seguir o padrão de normalidade. Já em novembro e dezembro, a precipitação fica mais próxima da média histórica em todo o Paraná.

Fenômenos

Por ser considerada uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizo, alta incidência de raios e chuvas volumosas.

Por esse motivo, o monitoramento sistemático das condições meteorológicas por parte do Simepar e a emissão de alertas de curto prazo da Defesa Civil são essenciais para prevenir e mitigar os efeitos do clima.

Outro ponto destacado pelo meteorologista é que à medida que o verão se aproxima, os dias se tornam progressivamente mais longos e quentes. Neste ano, explica ele, o fenômeno meteorológico La Niña se forma entre a primavera e o verão, com intensidade fraca, influenciando o clima paranaense até o primeiro trimestre de 2025.

Avisos sobre a iminência de eventos severos emitidos pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil podem ser remetidos por celular gratuitamente. Interessados devem enviar SMS para o número 40199 informando o CEP da sua região. Uma mensagem de confirmação será emitida.

Agrometeorologia

A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Heverly Morais, orienta os produtores a adotarem cuidados com as plantações nesta primavera. “O cenário é preocupante por causa das temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média climatológica, com distribuição irregular e períodos prolongados de estiagem”, afirma.

Culturas como soja, milho e feijão podem ser afetadas de diversas maneiras, incluindo atraso na semeadura, germinação desuniforme, crescimento inadequado das plantas e desenvolvimento deficiente dos grãos. Para mitigar os efeitos desses períodos secos e quentes, é recomendável escalonar a semeadura utilizando cultivares de ciclos diferentes.

As altas temperaturas e ondas de calor podem prejudicar também as hortaliças, especialmente as folhosas, que exigem muita água para irrigação. É alto o risco de danos a culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas, bem como as pastagens.

Comuns na primavera, eventos meteorológicos extremos, como vendavais e granizo, podem causar danos físicos nas plantas e prejuízos significativos. Chuvas intensas podem provocar erosão do solo e aumentar a incidência de pragas e doenças.

Com inforamções da AEN

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Carlos Solek

Carlos Solek

Castrense, formado em jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2020-2023). Atua no portal BNT desde setembro de 2022.

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