Com a possibilidade do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), disputar a presidência da República ou uma das vagas no Senado Federal, em 2026, haverá uma reforma no alto escalão do governo do Estado no próximo ano, garantem aliados.
No Palácio das Araucárias, sede do governo paranaense, não se tem notícias das alterações pretendidas, porém, o que é dada como certa é a acomodação do prefeito [de saída] de Curitiba, Rafael Greca. Ele assumiria o comando da secretaria estadual das Cidades, a SeCid, cujo órgão recebe prefeitos diariamente que batem à porta atrás de empréstimos de recursos para execução de obras nos municípios.
Na SeCid, Greca teria caneta cheia e o mando de um dos mais vultuosos orçamentos do Estado, a oportunidade ainda de testar sua popularidade e estreitar contato com os chefes dos executivos municipais, firmando-o como candidato à sucessão estadual.
Contudo, a nomeação do prefeito nesta cadeira, é uma tema delicado para aliados que não querem ser representados por Greca na próxima eleição, justamente pela posição política de centro-esquerda, e do suposto convite que ele recebeu para ser ministro da Cultura de Lula, além da proposta de trocar o PSD pelo PSB, do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Assessores afirmam que Greca somente assumirá a SeCid se Ratinho tiver mesmo a intenção de lançar-ló à sucessão!
Parlamentares mais experientes consideram que Rafael Greca poderia tranquilamente assumir a cadeira da SeCid, até porque no governo, Ratinho teria apenas mais um nome para disputar: o ex-chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD).
No legislativo, Alexandre Curi, deputado e futuro presidente da Alep, está entre os nomes cogitados pelo governador para sucedê-lo, e pesquisas internas recentes apontam que Greca tem mais aprovação política para enfrentar os adversários palacianos, Sérgio Moro (UNIÃO) e Cristina Graelm (PMB), ao menos no reduto curitibano.
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