Frequentes no cotidiano, especialmente em crianças e bebês, os engasgos e broncoaspiração são perigosos, além de ser uma das causas de chamados de emergência. Bebês, por exemplo, podem engasgar com o leite durante a amamentação.
Em crianças menores, o risco maior é com alimentos em grão, doces ou pequenos objetos levados à boca por curiosidade. Para identificar e socorrer os pequenos nessas situações, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça algumas orientações.
Geralmente alguns sinais dão indicativo que a criança esteja engasgada, tais como tosse, agitação, dificuldade de respirar, a cor roxa ao redor dos lábios e as mãos no pescoço, como se estivesse sufocada são sugestivos do bloqueio das vias aéreas.
Algumas vezes, ela pode emitir sons respiratórios agudos ou ausência de som. A Sesa disponibiliza no site oficial um manual de desengasgo, que ensina a Manobra de Heimlich, que ajuda no processo de desobstrução.
Caso um bebê se engasgar, as orientações são:
– Colocar o bebê de bruços sobre o braço e fazer cinco compressões entre as escápulas (no meio das costas)
– Virar o bebé de barriga para cima no braço e fazer mais cinco compressões sobre o esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos
– Manter a calma
– Segurar o bebé no colo em posição confortável virado para si
– Não sacudir o bebé
– Deixar o bebê chorar, pois significa que ele está a respirar
– Nunca tentar usar os dedos para retirar o objeto da garganta do bebê, pois poderá empurrá-lo ainda mais fundo, piorando a situação
– Observar se o bebê apresenta sinais de engasgo, como tosse, agitação, dificuldade de respirar, a cor roxa ao redor dos lábios e as mãos no pescoço, como se estivesse sufocada
Cuidados no ambiente doméstico:
– Mantenha o piso livre de objetos pequenos como botões, colares, moedas, tachinhas etc. Esses itens devem estar longe do alcance das crianças
– Sacolas plásticas também devem ficar longe do alcance
– Fique atento às crianças maiores. Muitos acidentes ocorrem quando irmãos ou irmãs oferecem objetos/alimentos para os menores
No Paraná, das 1.571 ocorrências atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por engasgo neste ano, 627 (39,91%) foram em crianças de até 10 anos. Somente em bebês (até um ano) foram 422 registros. Em 2023 o número geral de engasgos chegou a 2.364. Desse total, 618 foram em bebês, 271 em crianças de 1 a 5 anos e 59 engasgos na faixa etária de 6 a 10 anos.
Além dos chamados de emergência, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) também teve registro de óbitos por esta causa. De janeiro até agora, 11 bebês já perderam a vida por engasgo, e em 2023, foram 17 óbitos.
Com informações da AEN
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