Três pessoas da mesma família foram condenados pelo Tribunal do Júri de Ponta Grossa, nesta terça-feira, 28 de maio, pelo assassinato de Gisele Aparecida Alves dos Santos, de 33 anos. O crime ocorreu em 24 de junho de 2021, por volta do meio-dia, quando os criminosos invadiram a residência da vítima e a mataram a tiros, após uma discussão.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná, o homicídio foi qualificado por motivo fútil e por utilizar recurso que dificultou a defesa da vítima. O executor do crime, que efetuou os disparos, foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão, com pena atenuada pela confissão espontânea. A esposa e a cunhada do executor receberam penas de 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão cada. A mandante do crime, além de ser condenada por homicídio qualificado, recebeu uma pena adicional de 10 meses e 3 dias de detenção, além do pagamento de 20 dias-multa, por constrangimento ilegal e fraude processual.
Relembre o caso
Relembrando o crime, ocorrido no bairro Santa Paula, em Ponta Grossa, as investigações apontaram que, no dia 24 de junho de 2021, Gisele se envolveu em uma discussão com duas vizinhas. A situação escalou quando o executor, de 27 anos, e sua esposa, de 30 anos, chegaram ao local. Durante a discussão, Gisele começou a filmar os envolvidos. Em resposta, o executor sacou uma pistola e disparou duas vezes nas costas de Gisele enquanto ela tentava se abrigar.
Após os primeiros tiros, o filho de Gisele fugiu, pulando muros das casas vizinhas. O executor o perseguiu, mas não conseguiu alcançá-lo. Em seguida, retornou e disparou novamente contra Gisele, que já estava caída, a queima-roupa. A esposa do executor, armada com uma vassoura, quebrou os vidros da residência de Gisele para ameaçar sua filha, que estava dentro da casa. Posteriormente, ela pegou o celular de Gisele para ocultar provas da filmagem da discussão.
Na tarde de quinta-feira, 5 de agosto, a Polícia Civil prendeu o casal após denúncias anônimas. Eles estavam escondidos em uma casa no bairro Contorno. Durante a prisão, o casal tentou fugir pulando um muro, mas foi capturado em um terreno vizinho. A terceira envolvida, uma mulher de 25 anos, foi identificada posteriormente e também recebeu sua condenação.
A condenação dos réus representa um passo importante para a justiça no caso de Gisele Aparecida Alves dos Santos, cuja morte trágica expôs a violência extrema que pode surgir de conflitos banais entre vizinhos. Os filhos de Gisele, que já haviam perdido o pai pouco mais de um ano antes do crime, agora podem ver um semblante de justiça pelo brutal assassinato de sua mãe.
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