A troca de mensagens entre acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em um grupo de whatsapp está sendo investigada pela Ouvidoria da instituição e também pelo Ministério Público do Paraná. A denúncia repercutiu após a publicação do Jornal Plural na tarde de ontem (20).
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O print das conversas foram enviados, de forma anônima para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. Isto porque, conforme comprovam as imagens originalmente publicadas pelo jornal Plural e repassadas ao Portal Boca no Trombone, um grupo formado por aproximadamente 10 estudantes utiliza a rede social para trocar mensagens de cunho racista, com apologia ao nazismo e violência contra homossexuais.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, informa que, em 22 de agosto, recebeu a denúncia anônima sobre a prática de racismo em grupos de mensagens de estudantes matriculados na instituição. No dia 23, a Prae abriu processo na Ouvidoria e encaminhou a denúncia ao Ministério Público do Paraná.
A UEPG ressalta que, por meio da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DAAD-PRAE), a primeira do tipo numa universidade estadual, atua no combate a toda e qualquer manifestação de racismo. Tão logo esteja concluído o processo administrativo interno, a instituição vai impor as medidas cabíveis aos autores dos ataques.
O prints da conversa foram registrados entre 20h48 e 21h01, onde cerca de 10 alunos enviaram poucas mensagem de texto, sendo a maioria compartilhado em forma de “figurinhas”, com conotação racista e homofobicas. Uma das primeiras “figurinhas” enviadas diz “Opa Opa Preto aqui não”, seguida por um desenho escrito “Se eu ganhasse um real cada vez que sou racista, provavelmente um preto filha da puta iria me roubar”, onde tem um homem com a suástica no peito.
A interação segue com a foto de uma criança branca em cima de uma uma criança negra, como se estivesse “cavalgando , e outra figura com a frase “Uma vez eu tava andando na rua e vi um negro um com Ps4 na mão e pensei ‘Parece o meu’, mas aí lembrei, o meu tava em casa engraxando meu sapato”. A imagem com a frase “toda vez que alguém posta essa figurinha um preto é baleado” é publicada diversas vezes em sequencia no grupo. Nas mensagem aparece também a figura de dois bonecos, onde um chuta o outro com as cores da bandeira LGBTQIA+. Além de outras imagens que fazem apologia a violência contra homossexuais.
Confira a seguir alguns trechos das conversas no grupo de Whatsapp: