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ACIPG manifesta repúdio à possibilidade da volta da Contribuição Sindical

A medida permitiria cobrança compulsória de alíquota por sindicatos, sem opção de isenção individual. ACIPG defende a livre escolha.

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) divulgou uma nota de repúdio em relação à proposta de recriação da contribuição sindical obrigatória, também conhecida como taxa negocial.

O governo federal, em conjunto com as centrais sindicais, vem planejando o retorno dessa contribuição, desde que seja aprovada em assembleia.

A ideia em análise contempla a possibilidade de cada sindicato estabelecer uma alíquota compulsória a ser paga por filiados e não filiados. Atualmente, a legislação permite que cada trabalhador solicite a não cobrança da taxa negocial, assim como acontecia com a contribuição sindical.

VOLTA DO IMPOSTO

Contudo, a intenção do governo e das centrais é extinguir essa opção individual de isenção da contribuição. A decisão tomada em assembleia teria validade para todos os membros da categoria.

Uma das principais justificativas das centrais sindicais é que os benefícios das negociações realizadas pelos sindicatos se estendem a toda a categoria, não apenas aos filiados. Consequentemente, o financiamento das atividades sindicais deveria seguir a mesma lógica.

Antes da reforma trabalhista, a principal fonte de recursos dos sindicatos era o imposto sindical, cuja alíquota era determinada por lei e descontada compulsoriamente dos salários dos trabalhadores com vínculo formal.

A distinção da contribuição reside na sua definição em assembleias. Dessa forma, cada categoria terá o poder de determinar se deseja ou não uma contribuição negocial, bem como o montante dessa contribuição.

NOTA DE REPÚDIO

Hoje (23) pela manhã, a ACIPG se manifestou sobre o tema, posicionando-se contra a possível ressurgência da contribuição sindical. A entidade reforça seu compromisso com a livre escolha dos indivíduos e com a defesa dos interesses das empresas e trabalhadores associados. Confira a íntegra da nota abaixo:

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), em nome da presidente Giorgia Bin Bochenek, diretores e associados vem por meio de nota repudiar a possibilidade da recriação da contribuição sindical.

Ventilada como possibilidade, o retorno da cobrança obrigatória, no entendimento da entidade, seria um retrocesso ao setor produtivo e à sociedade como um todo.

O retorno da contribuição sindical, se efetuada, entende a ACIPG, representaria a perda de uma das conquistas obtidas com a Reforma Trabalhista, e a revisão de tal decisão em nada contribuiria com a economia.

A ACIPG ainda reforça que está atenta às discussões a respeito deste tema, e irá atuar junto aos representantes no Congresso na busca pelo apoio à rejeição desta proposta.

Leia também: Jerimoon e Jamp se apresentam no Sexta às Seis em Ponta Grossa


Lucas Portela

Lucas Portela

Lucas é jornalista formado em Bacharel pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa.

Graduado desde 2021, possui experiência com redação em portais de notícia, trabalhou nos bastidores de uma emissora de TV local, se aventurou como produtor audiovisual em uma agência de publicidade, já estagiou como assessor de imprensa na Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa e atualmente exerce o cargo de jornalista redator no portal Boca no Trombone.

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