Coluna

As mordomias dos políticos vs. as dificuldade dos trabalhadores

Nesse início de ano muito se tem falado sobre o agora famoso cartão corporativo. Na verdade essa modalidade de gastos públicos não é novidade, claro que chamou a atenção os gastos realizados pelo ex-presidente que a princípio era um cara simples, que comia pão com margarina na garagem ou um pastel de rua, mas quando começou a aparecer gastos com Nutella, picanha, hotéis de luxo e outros gastos absurdos em apenas um dia, muitos mudaram o conceito com relação ao “mito”.


Mas o grande problema não está aí, gastar com picanha ou outras comidas caras não é o “X” da questão, pois sejamos sinceros, sem demagogia, nós que somos trabalhadores pobres, ou você que é um pequeno comerciante já comeu Nutella ou picanha não é mesmo? Imagina um presidente da República!


Então não vamos brigar pelos detalhes, o grande problema nestes gastos é o valor liberado de forma indiscriminada, o ex presidente gastou em 4 anos mais de 75 milhões de reais somente no cartão corporativo, se fizermos uma conta rápida, daria nos 4 anos uma média de 50 mil reais ao dia, como que se gasta este valor diariamente? Sendo que boa parte do mandato ele ficou em Brasília, e quando viajou teve vezes que viajou e comeu pastel de rua ou marmita.


Se levarmos em consideração que o salário mínimo em 2022 era de $1.212,00 uma grande parte da população não ganha por ano nem um terço deste gasto diário do ex presidente e sua família.


Aí está o grande problema, vivemos em um país onde a população tem uma renda salarial baixa, muitos brasileiros não se alimentam de forma digna por falta de dinheiro, temos pessoas passando fome em nosso país, daí é inadmissível pensarmos num gasto de 75 milhões somente com o famigerado cartão corporativo. E o pior, este problema não se resume a Jair Bolsonaro, os ex-presidentes também fizeram gastos absurdos nesta modalidade, uns milhões a mais ou a menos, mas gastaram!


E essa é apenas a ponta do iceberg quando se fala em desperdício de recursos públicos, em outra oportunidade vamos falar dos gastos dos deputados, senadores e do Poder Judiciário que é outra afronta a nós trabalhadores, pagadores de impostos.


E qual a solução para este problema? Vejo que enquanto tivermos políticos que pensam somente no próprio umbigo, políticos que estão desconectados da realidade da grande massa da população, esses absurdos continuarão acorrentado, seja com Jair, Luiz ou Roberto…


Roberto Ferensovicz

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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