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Política

Bancada do PL resiste à PEC de 36 horas: O que está em jogo para os trabalhadores?

 Boca no Trombone PL
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O PL resiste à PEC de Erika Hilton que propõe jornada de 36 horas. Apenas cinco deputados apoiam, enquanto outros questionam viabilidade econômica.
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A bancada do Partido Liberal (PL), que se destaca como a principal força de oposição ao governo no Congresso Nacional, manifestou resistência em apoiar a proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP). A PEC sugere a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais e proíbe a escala 6×1, que consiste em seis dias de trabalho seguidos por um dia de folga.

Atualmente, o PL possui 93 deputados na Câmara, dos quais apenas cinco se tornaram signatários da proposta. Esse grupo refutou as declarações feitas por Erika Hilton durante a apresentação da PEC, na qual ela expressou dúvidas sobre a possibilidade de diálogo com a bancada de direita.

A deputada Hilton avaliou que a proposta enfrentou “resistência geral” entre os membros do PL, enquanto buscava alianças com partidos do Centrão, como PSD e União Brasil, que mostraram apoio maioritário à PEC. Informações não confirmadas indicam que o partido de Jair Bolsonaro teria orientado seus membros a não apoiar a iniciativa e até mesmo solicitado que os signatários retirassem suas assinaturas.

Por outro lado, lideranças do PL negam essa orientação. Um interlocutor revelou que, em uma reunião com a bancada da Câmara, Bolsonaro sugeriu que os deputados considerassem a PEC diante do clamor popular por mudanças e também indicou a necessidade de elaborar propostas voltadas aos trabalhadores, como um projeto de lei para aumentar o salário mínimo.

No entanto, essa recomendação não encontrou respaldo entre a maioria dos membros da legenda. Os parlamentares argumentam que a proposta geraria um impacto fiscal significativo para a União e poderia acarretar contratações adicionais, onerando setores já fragilizados.

Os cinco deputados que assinaram a PEC reconhecem os riscos econômicos associados à medida, mas defendem a importância de discutir o assunto em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. Eles propõem um diálogo abrangente envolvendo trabalhadores, empregadores e especialistas para avaliar as implicações da proposta.

A deputada Rosângela Reis (PL-MG) declarou: “O Parlamento é o espaço legítimo para debater ideias que impactam a sociedade. Todo tema que contribua para melhorar a vida do trabalhador terá meu apoio”. Ela ainda ressaltou que o PL ofereceu liberdade aos seus membros para decidir sobre a assinatura da PEC conforme suas convicções pessoais.

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Fernando Rodolfo (PL-PE) compartilha dessa visão, porém ressalta que os termos atuais da PEC precisam ser revistos antes de serem levados à votação. “Não podemos priorizar interesses ideológicos em detrimento das necessidades sociais”, afirmou. Ele acredita que é válido o trâmite da proposta para permitir discussões mais amplas com especialistas e partes interessadas.

Luiz Carlos Motta (PL-SP) também enfatizou seu compromisso com os trabalhadores e defendeu um “debate responsável” sobre a questão. “Estamos apenas no início de uma discussão fundamental e meu compromisso é ouvir todos os envolvidos para garantir uma proposta equilibrada e justa”, destacou.

Nos corredores da Câmara dos Deputados, alguns políticos do PL levantam questões sobre o real interesse do governo em apoiar a PEC. Na última terça-feira, José Guimarães (PT-CE), líder do governo, reafirmou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a tramitação da proposta no Congresso.

A oposição acredita que o governo não está realmente interessado na aprovação da PEC, mas sim apoia uma redução da jornada como uma forma de atender sua base eleitoral em um momento de queda nas taxas de aprovação.

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