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“Do mundo, não se leva nada”, por Carlos Solek

Renata (21) Boca no Trombone Renata (21)
As memórias felizes de ver Silvio Santos nos domingos, seja no almoço ou no jantar, se perpetuarão, juntamente com sua eterna canção

Sábado, 17 de agosto de 2024. Hoje, o Brasil viveu um dia de luto intenso: a morte do apresentador Silvio Santos deixou todo o país entristecido.

Nascido como Senor Abravanel e filho de imigrantes judeus, o jovem camelô se tornou um dos grandes empresários e apresentadores do país. Mas não somente isso, ele se tornou um ídolo de diversas gerações brasileiras.

Senor se tornou Silvio após um concurso na Rádio Nacional, onde começou a caminhar para ser o maior comunicador do país. Com carisma, simplicidade e alegria, Silvio começou a carreira na televisão em 1960, com o programa ‘Vamos Brincar de Forca’.

Vendo uma oportunidade nos domingos da emissora, Silvio adquiriu um horário na TV Paulista para poder fazer um programa próprio, onde passou a fazer história. Com um sucesso estrondoso, o animador transformou o domingo brasileiro, entretendo milhões de famílias por décadas e consolidando o dia como o principal da televisão.

De 1960 até 2024, foram mais de 200 formatos apresentados – criados, importados, e até mesmo copiados – por Silvio, dos mais diversos gêneros: games (Roda a Roda, Show do Milhão, Topa ou Não Topa, Qual é a Música…), brincadeiras (Topa Tudo por Dinheiro, Domingo no Parque, Cidade contra Cidade…), shows de calouros, premiações (Pião, Tentação, Troféu Imprensa), sorteios e até reality show (Casa dos Artistas).  

Mas não somente os programas. Inúmeros bordões (“Mah Oê”, “Vem pra cá”, “Quem Quer Dinheiro?”…) símbolos (o aviãozinho, o microfone no pescoço…), músicas e diversas realizações nos mais de 60 anos de carreira de Silvio, fizeram com que ele se tornasse um dos maiores brasileiros de todos os tempos. 

E não só do lado apresentador, mas também do lado humano. Do empresário. Do dono de emissora. E até do político – quase presidente da República em 1989. São tantas façanhas e referências que se pode fazer um texto gigante sobre Silvio. E ainda faltará.

Hoje, a televisão perdeu o seu rei. O seu maior nome. A sua alegria. Mas as memórias felizes de ver Silvio Santos nos domingos, seja no almoço ou no jantar, se perpetuarão, juntamente com sua eterna canção, que nos lembra que do mundo, não se leva nada. Então vamos sorrir e cantar!

Leia também: Fluminense e Corinthians farão ‘Clássico Silvio Santos’ pela Série A

Carlos Solek

Carlos Solek

Castrense, formado em jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2020-2023). Atua no portal BNT desde setembro de 2022.

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