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Docentes da UEPG decidem por manter estado de greve

Além da manutenção do estado de greve, foi aprovado a criação de um grupo local de mobilização, que deve acompanhar a tramitação do documento.

Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) decidiram, por unanimidade, manter o estado de greve até a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada na tarde desta quarta-feira (08) promovida pelo Sindicato dos Docentes da UEPG (Sinduepg).

Durante o encontro, os presentes discutiram e analisaram a contraproposta do governo ao PCCS dos professores do ensino superior do estado. Além disso, a diretoria do Sinduepg detalhou os acontecimentos desde a deflagração de greve em maio deste ano.

Leia também: Projeto de lei que altera data-base dos professores em Castro é aprovado em 1° votação

O presidente do Sinduepg, professor Volney Campos, justifica que a manutenção do estado greve se faz necessária, pois a contraproposta ainda não foi encaminhada à Assembleia Legislativa. “A categoria não confia no governo do estado, então a gente só vai ter a certeza absoluta do que vai ser a nossa vida de agora em diante depois que o projeto for aprovado na Alep”, afirma Campos.

Além da manutenção do estado de greve, foi aprovado na assembleia geral a criação de um grupo local de mobilização, que deve acompanhar a tramitação do documento que trata da carreira dos docentes de ensino superior.

Contextualização

Em meados do mês de maio de 2023, as sete universidades estaduais do Paraná deflagraram greve, cobrando do governo do estado pela apresentação da contraproposta do Plano de Carreira dos Docentes. As universidades decidiram por suspender a greve em junho, com a condição proposta pela SETI (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) de que a tramitação do projeto fosse agilizada. No entanto, o processo não avançou nas secretarias do governo.

A existência de uma contraproposta do PCCS foi divulgada na última quarta-feira (01), no site da Agência Estadual de Notícias, depois de ter sido adiada por cinco meses. Mesmo após a notícia, a minuta do Projeto de Lei só foi apresentada na noite da última terça-feira, 07. O documento enviado à categoria não atende às expectativas do que foi proposto inicialmente pelo grupo de trabalho responsável pela elaboração do texto. A proposta do governo aumenta o percentual de Adicional de Titulação dos docentes, mas não atualiza o piso salarial da categoria, que é menor que o piso nacional do magistério da educação básica.


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