O repórter Marcos Rosas, conhecido como Sassá, foi detido ontem (22), após ser acusado de agredir sua ex-companheira, Meire, com quem manteve um relacionamento por cerca de oito anos. O caso ganhou ampla repercussão após o depoimento da vítima ser exibido ao vivo durante o programa BNT News.
Segundo Meire, a violência física foi o ápice de uma série de episódios de ameaças, perseguição e invasões de domicílio, que teriam ocorrido ao longo do último ano, desde o início do processo de separação. Em seu relato, ela afirmou que o ex-companheiro não aceitava o fim da relação e que chegou a forçar entrada em residências de familiares, além de já ter protagonizado episódios anteriores de agressão e intimidação.
A vítima relatou que, por medo e por pressões familiares, não havia formalizado uma medida protetiva até então. No entanto, sua mãe e irmã conseguiram liminares judiciais por conta de episódios anteriores. Meire também alegou que o acusado afirmava ter relações de amizade com autoridades locais, o que teria gerado temor em denunciar as violências anteriormente.
Defesa nega histórico de agressões
Durante o programa, o advogado de defesa do repórter, Dr. Juliano Ribeiro, que atua pelo escritório do Dr. Madureira, afirmou que Sassá nega todas as acusações de agressões anteriores, e que o episódio mais recente teria se tratado de uma “discussão mais acalorada”, comum em relacionamentos, segundo ele.
“A defesa nega que houve histórico de agressão. O próprio Sassá relatou que teve contato recente com a ex-companheira, inclusive no domingo anterior ao fato, e que sua presença na casa dos avós dela era frequente, inclusive por questões comerciais com o avô”, declarou o advogado.
Sobre as imagens de vídeo que circularam nas redes sociais mostrando suposta agressão, o advogado informou que a defesa fará uma análise técnica da autenticidade das imagens. “Não estamos dizendo que o vídeo é falso, mas temos o direito de apurar se ele mostra os fatos da forma como realmente ocorreram”, disse.
O advogado também explicou que, embora a ex-companheira não tivesse medida protetiva formal contra Sassá, a mãe e a irmã dela já haviam obtido essas garantias legais. “A medida protetiva pode ser concedida mesmo sem agressão física, apenas com ameaça verbal. Segundo ele, Sassá teve ciência de apenas uma das medidas, e nega que tenha feito ameaças às demais familiares.”
Audiência de custódia e próximos passos
Marcos Rosas foi conduzido à 13ª Subdivisão Policial e, após a lavratura do flagrante, foi encaminhado ao presídio Hildbrnado de Souza, em Ponta Grossa. Segundo a defesa, ele deve passar por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira, onde o juiz decidirá se ele responderá ao processo em liberdade ou continuará preso preventivamente.
“Todo acusado tem direito à defesa técnica e ao contraditório. Não cabe à opinião pública decretar culpa antes da decisão judicial. Se houver crime, ele será punido dentro da lei, como qualquer cidadão”, concluiu o advogado.
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