Em entrevista exclusiva ao portal Boca no Trombone, a mãe e a irmã de Alex Emerson Becher, de 26 anos, morto no último domingo (18), contaram sobre as últimas horas do jovem antes de sua morte.
De acordo com os familiares, Alex passou mal antes de ser levado para a penitenciária. Ele foi atendido pelo SAMU e encaminhado à UPA Santana, onde ficou em observação. A mãe de Alex, Marli Camargo Becher, em conversa com a assistente social, foi informada de que ele precisaria permanecer na UPA por pelo menos 48 horas, devido ao seu estado de saúde preocupante.
“Eu acompanhei ele até a UPA, ele estava muito alterado. Chegando na UPA Santana a polícia me informou que havia um mandato contra ele e depois disso conversei com a assistente social e com a médica e me falaram que ele teria que ficar lá no mínimo 48 horas sendo medicado porque ele estava muito alterado. A assistente social me disse para ir embora e ficar tranquila que depois a gente poderia ir na visita às 15h”, disse.
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Entretanto, quando a irmã de Alex, Alana Aparecida Becher, foi visitá-lo na UPA, ele não estava mais lá. A equipe da UPA não soube informar seu paradeiro e a família não recebeu notícias sobre seu estado de saúde. “Eu liguei em todas as penitenciárias da cidade porque a gente não sabia ao certo para qual ele iria, fiquei meia hora ligando para conseguir ser atendida até que uma agente penitenciária me atendeu e perguntei sobre o meu irmão”, contou Alana.
A agente confirmou que o jovem estaria naquela penitenciária e com isso sua irmã perguntou sobre seu estado de saúde já que ele estava internado na UPA e foi retirado de lá sem dar explicações à equipe da unidade e nem para a família. “Ela me falou que ele estava bem aparentemente, mas que ele estava muito dopado de remédios e disse que se ele não fosse liberado, na quinta-feira a gente poderia entrar em contato com a assistente social após o meio dia”, disse.
Posteriormente, a família foi informada sobre o falecimento de Alex, sem receber explicações claras sobre o ocorrido.
O Departamento Penitenciário do Paraná (DEPEN) falou com o portal Boca no Trombone e esclareceu que quando a pessoa privada de liberdade solicita atendimento de saúde, prontamente lhe é dado o atendimento pelos servidores. Quando a pessoa é encaminhada para atendimento de saúde externo, ela se torna um paciente como qualquer outro da rede SUS, sendo assim só é autorizada sua saída após a alta médica. “Ressaltamos ainda que a PPPR não tem gestão alguma dos procedimentos médicos adotados pela equipe da UPA”, diz a nota.
Confira a entrevista completa abaixo:
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