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Final de semana é marcado por demora no atendimento nas UPAs de Ponta Grossa

A assessoria das UPAs informou que ambas as unidades registraram no mês de março um volume de atendimento muito acima da capacidade operacional

Nos últimos dias, o portal Boca no Trombone recebeu uma série de denúncias alarmantes por parte de moradores de Ponta Grossa, apontando situações de demora e superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade.

Entre as queixas reportadas por pelo menos quatro residentes diferentes, destaca-se o caso de um paciente que aguardou por mais de seis horas na UPA Santa Paula para receber atendimento, mesmo após receber uma classificação de alerta azul, o qual, em tese, deveria aguardar por no máximo 4 horas pelo atendimento.

Outra denúncia, de uma mãe, aponta para a demora na realização de exames, ela conta que chegou às 14h27 na UPA Santa Paula com sua bebê de seis meses e sua outra filha de 3 anos de idade e somente às 16h37 coletaram o exame de urina da criança, porém precisou ir embora, já no período da noite, pois suas filhas estavam com fome e ainda não havia recebido o resultado do exame.

Além disso, há relatos de falta de profissionais médicos, como o caso de um homem que, junto de sua mãe diabética, esperaram por mais de duas horas na UPA Santana por atendimento, onde supostamente apenas três médicos estavam disponíveis para atendimento, de acordo com ele.

Um outro caso, particularmente preocupante, é o de uma paciente, onde após uma experiência frustrante no Centro de Atenção à Saúde (CAS) de Uvaranas, onde não recebeu sequer uma avaliação médica e foi dispensada para casa, precisou pagar por um exame de sangue em um hospital particular.

Posteriormente, ao retornar ao CAS com sangramento, seu exame foi invalidado pelo mesmo médico que deixou de realizar uma avaliação anteriormente, e foi encaminhada para a UPA Santana, onde aguardou por 23 horas após realizar os exames e precisou ir embora sem os resultados, já que uma máquina do laboratório estaria com defeito, de acordo com informações recebidas por ela.

RESPOSTAS

O portal Boca no Trombone procurou a comunicação das UPAs e a Fundação Municipal de Saúde, buscando saber sobre as alegações de superlotação, demoras nos atendimentos e possíveis deficiências na equipe médica.

Em nota, a assessoria das UPAs informou que as Unidades de Pronto Atendimento Santana e Santa Paula registraram no mês de março um volume de atendimento muito acima da média histórica e da capacidade operacional, grande parte por conta dos pacientes com sintomas de dengue. Como o protocolo de atendimento define que os casos mais graves devem ser priorizados, devido ao elevado número de pacientes, houve um aumento no tempo de espera de pacientes com quadro não urgente.

“A direção das UPAs esclarece que não há falta de funcionários, pois está atendendo com o quadro de enfermagem e médico completo, inclusive com remanejamento de profissionais e solicitação de horas extras a fim de atender à alta demanda nos horários de maior fluxo. A UPA Santa Paula tem registrado quase todos os dias cerca de 400 atendimentos, 72 acima da capacidade operacional. Já na Santana, são cerca de 330 atendimentos diários, 115 acima da meta contratual.

Como forma de descentralizar os atendimentos das UPAs devido aos casos de dengue, no último dia 18, a Fundação Municipal de Saúde definiu 3 unidades básicas de saúde sentinelas para pacientes com sintomas de dengue, sendo elas as unidades: Rômulo Pazzinato (Nova Rússia), Conrado Mansani (Uvaranas) e Cyro de Lima (Oficinas).”, diz a nota.

A prefeitura de Ponta Grossa, até o fechamento desta matéria, não retornou sobre o assunto.

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Lucas Portela

Lucas Portela

Lucas é jornalista formado em Bacharel pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa.

Graduado desde 2021, possui experiência com redação em portais de notícia, trabalhou nos bastidores de uma emissora de TV local, se aventurou como produtor audiovisual em uma agência de publicidade, já estagiou como assessor de imprensa na Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa e atualmente exerce o cargo de jornalista redator no portal Boca no Trombone.

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