O governo do Irã endureceu o tom neste domingo (22) e prometeu uma resposta severa aos Estados Unidos após os bombardeios a instalações nucleares iranianas confirmados no sábado (21). Em nota oficial, o Exército iraniano afirmou que os EUA cruzaram uma “linha de agressão” ao atacar estruturas que seriam, segundo Teerã, de uso pacífico.
A ofensiva americana foi anunciada pelo presidente Donald Trump, que classificou os ataques como “cirúrgicos” e alertou: “ou haverá paz ou tragédia para o Irã”. As instalações atingidas — Fordow, Natanz e Isfahan — estão entre os centros nucleares mais estratégicos do país.
Em resposta, o Irã lançou mísseis contra alvos em território israelense, alguns dos quais conseguiram atravessar o sistema de defesa conhecido como Domo de Ferro. Israel, por sua vez, fechou seu espaço aéreo até novo aviso, conforme informado pela Autoridade Aeroportuária local. A medida foi justificada “pelos últimos acontecimentos” e não afetou, até o momento, os postos de fronteira com Egito e Jordânia.
A Guarda Revolucionária iraniana também se manifestou, afirmando que os EUA não têm iniciativa nem capacidade de escapar das consequências. Segundo os militares, as bases americanas na região não representam força, mas sim “pontos de vulnerabilidade”. Além disso, a TV estatal iraniana informou que cidadãos e militares americanos passaram a ser considerados alvos diretos.
Especialistas alertam para a escalada do conflito, iniciado em 13 de junho, e os possíveis impactos globais da participação americana — entre eles, a alta no preço do petróleo e a ameaça de bloqueio do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% da produção global da commodity.
A tensão aumenta enquanto o Irã também busca apoio internacional e já teria feito contato com o presidente russo, Vladimir Putin, segundo fontes diplomáticas não oficiais.
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