Na tarde de hoje (11), durante a sessão ordinária na Câmara Municipal de Vereadores de Ponta Grossa, o Projeto de Lei nº 257/2023, de autoria do vereador Professor Careca, foi aprovado.
O projeto de lei estabelece a obrigatoriedade de disponibilização de água potável e instalações sanitárias para garis e demais profissionais do serviço público de limpeza urbana em diversos estabelecimentos comerciais, incluindo bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis, supermercados e shoppings da cidade.
O vereador explicou que a lei foi desenvolvida em colaboração com o Siemaco Ponta Grossa, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana, com o objetivo de proporcionar maior dignidade aos trabalhadores dessa área na cidade.
Careca enfatizou: “A lei trará maior dignidade aos profissionais da limpeza pública, que desempenham seus serviços nas ruas de Ponta Grossa. Muitas vezes, por não terem um ponto de apoio próximo, precisam recorrer às instalações sanitárias e à água disponibilizada pelo comércio em geral.”
No púlpito, a presidente do Siemaco Ponta Grossa, Maria Donizeti Teixeira Alves, destacou a importância de valorizar os profissionais de limpeza e mencionou as dificuldades enfrentadas por muitos deles ao trabalhar sob o sol escaldante, muitas vezes sem acesso a instalações sanitárias próximas.
No entanto, como forma de justificar seu voto contrário, o vereador Daniel Milla Fraccaro destacou que sua posição se dá por conta de que, em sua opinião, não se deve obrigar nenhum cidadão a realizar uma boa ação em favor ao próximo.
“Eu sou comerciante e em momento algum, eu como comerciante, neguei a ceder um banheiro ou copo de água à qualquer pessoa. A população ponta-grossense é muito acolhedora, no entanto, a boa ação vem do coração das pessoas e não de uma obrigatoriedade. Eu entendo o objetivo do vereador Professor Careca e concordo, mas obrigar esses comerciantes para que eles sejam bondosos, acho que isso é inadmissível em qualquer cidade ou local”, disse Milla.
A lei foi aprovada com 16 votos favoráveis e 1 contra.
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