É bem verdade que a indefinição no cenário nacional tira parte dos holofotes das eleições estaduais e, por consequência, de contextos relevantes como o de Ponta Grossa.
Não se pode ignorar que a derrota dos irmãos Oliveira nas últimas eleições municipais — nomes que até recentemente detinham as rédeas do poder local — representou um enfraquecimento político considerável. Marcelo Rangel e Sandro Alex, agora, parecem mais focados no futuro do governador Ratinho Junior, que trabalha para se posicionar como um potencial candidato à Presidência da República.
Contudo, Sandro e Marcelo não foram reeleitos com votações expressivas entre os ponta-grossenses em 2022, mas ainda mantêm um eleitorado fiel que não deve ser subestimado. Ambos seguem como nomes competitivos para o pleito do próximo ano.
De toda forma, a missão dos aliados de Ratinho na cidade — Sandro, Marcelo e a deputada Mabel Canto, que retornou para base governista — será dupla: além de consolidar seus próprios projetos eleitorais, precisarão se desdobrar para garantir uma boa votação ao candidato do governo estadual, seja ele quem for. E isso, ao que tudo indica, sem contar com o apoio das forças políticas da prefeita Elizabeth Schmidt.
Isso porque, caso o senador Sérgio Moro — companheiro de partido e aliado — confirme sua candidatura ao governo do Estado, é praticamente certo que contará com o apoio de Elizabeth, retribuindo o apoio dado em 2024.
Essa possível divisão no campo local pode reconfigurar o tabuleiro político ponta-grossense, tornando a eleição por aqui ainda mais imprevisível.
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