Após a morte de uma jovem de 21 anos no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) em Ponta Grossa nesta segunda-feira (11), a família em busca de respostas, questiona o atendimento do hospital.
Estefany Nayara Wachileski ficou internada por vários dias no hospital e a família da jovem entrou em contato com o portal Boca no Trombone para realizar denúncias, onde eles alegaram que a jovem não foi bem atendida durante o período de internamento.
De acordo com os familiares, ela sofreu durante seu internamento, teve ferimentos, seu pulmão foi perfurado, várias perfurações pelo corpo e passou por muito descaso vindo dos profissionais responsáveis pela sua internação e tratamento.
A mãe de Estefany, Andreia Hardt da Rocha, relatou o descaso do hospital com sua filha. “Há sete meses minha filha deu entrada no hospital regional por crises convulsivas, desde então ela não saiu mais do hospital, ela ficou meses lá, acabou pegando uma bactéria muito resistente dentro do hospital”, contou. De acordo com a mãe, um médico residente inexperiente fez o acesso central em Estefany e acabou perfurando seu pulmão.
O pai de Estefany, Bruno Batista Wachileski, contou que médicos residentes tentaram fazer um acesso no corpo do jovem e erraram o local, e denunciou as péssimas condições em que sua filha se encontrava no leito. “Minha filha estava entubada, toda urinada na maca, chegava a pingar urina no chão, o lixo de lixo de paramentação estava lotado, vazando para fora. A emergência estava totalmente despreparada na questão de higiene, no pescoço dela perfuraram quatro vezes para conseguir fazer o acesso”, disse indignado.
Além disso, os familiares relatam que os medicamentos usados pela jovem eram todos arcados pela própria família, onde as pessoas responsáveis pela internação de Estefany ligavam para a família pedindo para que levassem os medicamentos até o hospital.
Sobre a notícia do falecimento da jovem, o pai contou que quando recebeu uma ligação, às 3h da madrugada, apenas foi informado da morte de sua filha, sem nenhum tipo de cuidado. “Eu só consegui entrar no necrotério acompanhado de um Policial Militar, achei muito descaso isso. Minha filha estava totalmente roxa, com os dentes para fora, não reconheci minha filha e eu escoltado por um policial não consegui nem chegar perto da minha filha, isso é desumano”, disse.
Entramos em contato com a Universidade Estadual de Ponta Grossa que, por meio de seus Hospitais Universitários, “esclarece que a paciente recebeu atendimento hospitalar de qualidade conforme protocolos técnicos de saúde. Durante seu último período de internamento, que teve início em 03 de março de 2024, a paciente recebeu cuidados especializados de 56 profissionais de saúde, dentre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, cirurgião-dentista, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados, o HU não fornece informações sobre pacientes e seus diagnósticos, mas está à disposição para esclarecimentos aos familiares. A UEPG se solidariza com família e amigos pela perda”.
Os pais pedem justiça pela morte da filha e alertam que isso pode acontecer com outras pessoas.
Confira abaixo a reportagem completa produzia pelo repórter policial Igor Rugilo:
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