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PF pede quebra de sigilo bancário de Bolsonaro e faz buscas em operação contra desvio de jóias

Polícia Federal fez buscas contra advogado e militares ligados a Bolsonaro envolvidos no esquema de venda de jóias que seriam patrimônio público

A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para dar seguimento no inquérito que investiga a tentativa de venda de joias e presentes recebidos ao longo do governo.

A PF também quer ouvir novamente Bolsonaro, afim de esclarecer se há ligação entre o ex-presidente e a venda de joias e objetos de valor realizada por assessores.

Nesta sexta-feira (11) a PF cumpriu mandados de busca e apreensão pela Operação Lucas 12:2, que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Foram realizadas buscas e apreensões contra Mauro Cid, o pai dele, general de Exército, Mauro Lourena Cid, e o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef. Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.

INVESTIGAÇÕES

Segundo as investigações, os desvios começam em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Em um dos casos descobertos pela PF,  o general Cid recebeu na própria conta bancária US$ 68 mil pela venda de dois relógios, um Patek Phillip e um Rolex. O militar trabalhava no escritório da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em Miami.

De acordo com as investigações realizadas até o momento, além deles, outros itens foram retirados do país no dia 30 de dezembro, como esculturas de um barco e de uma palmeira folheadas a ouro, recebidas por Bolsonaro durante viagem ao Bahrein, em 2021.

Conforme a investigação, Mauro Cid tentou vender os itens em lojas especializadas na Flórida, Estados Unidos, mas não conseguiu porque não eram 100% de ouro.

Outro presente desviado foi um conjunto masculino de joias da marca suíça de acessórios de luxo Chopard, composto por caneta, abotoadura, anel, rosário árabe e relógio. Os presentes foram recebidos durante viagem presidencial a Arábia Saudita, em 2021.

Segundo a PF, Mauro Cid negociou o kit em uma casa de leilão de artigos de luxo nos Estados Unidos, em uma promoção para os Dia dos Namorados (comemorado dia 14 de fevereiro, nos EUA), mas as joias não foram arrematadas. Os investigadores estimaram que os itens podem valer US$ 120 mil. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

OPERAÇÃO

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal. O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Com informações da Agência Brasil

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