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Pó de erva-mate será utilizado na produção de granola por indústria paranaense

erva_mate038 Boca no Trombone
Gilson Abreu
Industrialização da erva-mate para além da cuia explora as qualidades nutritivas da planta e agrega valor e renda à cultura

A erva-mate, que marcou presença como um dos principais ciclos produtivos durante a criação do Paraná e continua como uma das culturas fortes do Estado, está diversificando as suas formas de consumo. Uma empresa paranaense apresenta o pó da erva refinado como componente da granola, um mix de cereais, frutas secas e oleaginosas.

“É o primeiro alimento dessa qualidade enriquecido com erva-mate produzido em escala industrial”, afirmou Dayana Lubian, sócia da empresa Verdelândia, que desenvolve o produto. Segundo ela, a ideia surgiu após ter experimentado um biscoito de erva-mate de outra indústria. “Gostei muito e fiz parceria para desenvolver a granola”, disse.

A empresa familiar sediada em Espigão Alto do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, já trabalha em novos produtos como bolachas e bolos, além de otimizar o uso da cafeína presente na erva-mate. Por mês são processados cerca de 240 quilos de mate.

A novidade foi apresentada ao secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que destacou o esforço da Verdelândia para agregar valor à matéria-prima que por muito tempo ficou restrita ao chimarrão e tererê. “É importante participar desse esforço de criação, de inovação, de diferenciação, de fazer coisas novas e se apropriar dos ganhos disso”, acentuou.

A empresa também faz parte das oficinas do programa Vocações Regionais Sustentáveis, da Invest Paraná, que tem como objetivo potencializar a cadeia da erva-mate no Estado. O programa auxilia produtores locais a potencializar seu negócio com a exploração de novos produtos e mercados.

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Além da atividade como empresária, Dayana preside a Associação Paranaense dos Produtores e Industriais de Erva-Mate (Apimate). A Apimate é uma das entidades que formam o Grupo de Trabalho da Erva-Mate, que discute o estímulo à produção, consumo, fortalecimento de mercado, pesquisa e política para a cadeia produtiva da erva. “Queremos que outras indústrias paranaenses passem a desenvolver produtos além da cuia, como alimentos, cosméticos e nutracêuticos”, disse.

PRODUÇÃO – O Paraná é o maior produtor mundial de erva-mate, com 763 mil toneladas produzidas em 2022, de acordo com o levantamento do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

Produto florestal não madeireiro de grande representatividade para o Paraná, garantiu mais de R$ 1,2 bilhão de VBP em 2022, representando 0,63% do valor bruto total do Estado, que foi de R$ 191,7 bilhões. No Paraná, a maior parte da produção é proveniente de ervais nativos ou sombreados, o que garante a sustentabilidade e um produto com menos amargor.

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