A prefeita, Elizabeth Schmidt (União) reforçou o compromisso da administração municipal com a implantação do tão aguardado Porto Seco em Ponta Grossa. Em entrevista nesta sexta-feira (02) ao jornalismo do Portal Boca do Trombone (BnT), a chefe do Poder Executivo falou sobre a importância dele para o desenvolvimento econômico do município.
“Já estivemos na Receita Federal aqui e também na superintendência em Curitiba. Disseram que o Porto Seco havia perdido importância, mas isso não é verdade. O porto de Paranaguá não dá conta da nossa produção. Ponta Grossa tem um polo logístico imenso”, destacou a prefeita.
Elizabeth citou também como exemplos de crescimento logístico local os investimentos da Cargo Polo, que está construindo uma área de 71 mil m² para atender à demanda da multinacional Heineken e a atuação da Master Cargas. Para ela, a instalação de um Porto Seco será essencial para centralizar e agilizar o escoamento da produção da região.
Aeroporto de Ponta Grossa: retomada de voos e novo terminal
Outro tema abordado pela prefeita foi a situação do Aeroporto Sant’Ana, que está inativo para voos comerciais desde 31 de março. Elizabeth afirmou que esteve em Brasília, acompanhada do deputado federal Aliel Machado, em reuniões na ANAC e na Secretaria de Aviação Civil (SAC), para buscar soluções.
A prefeita explicou que a construção do novo terminal já avançou até a quinta fase — a última antes do início da obra. No entanto, destacou a necessidade de ampliar a pista e remover os trilhos da linha férrea que cruzam a área, cuja concessão está prestes a vencer. “É preciso vontade política para tirar esses trilhos. Estamos trabalhando para isso, porque é essencial para a operação de aeronaves maiores”, disse.
A prefeitura também já tem orçamentos prontos para o alargamento da pista e a compra de um novo equipamento PAPI, para ampliar a segurança nas operações. Sobre a possibilidade da volta dos voos comerciais, Elizabeth foi enfática. “Queremos voos para Congonhas ou Guarulhos, em horários compatíveis com a demanda da população. Se as companhias dizem que têm prejuízo, é porque colocam voos em horários e destinos que não atendem ao que precisamos.”
Novo aeroporto pode ser realidade no futuro
A prefeita também não descartou a construção de um novo aeroporto, mas ponderou que essa é uma iniciativa de longo prazo. “Deveríamos ter plantado essa semente há 10 ou 15 anos. Se plantarmos agora, só colheremos resultados daqui a uma década. Por isso, precisamos manter o aeroporto atual funcionando enquanto pensamos no futuro.” Segundo Elizabeth, o trabalho da gestão municipal é manter duas frentes: garantir melhorias no aeroporto existente e planejar um novo terminal a longo prazo. “Não podemos ficar 10 anos sem voos. Temos que agir agora para garantir o desenvolvimento da nossa cidade”, concluiu.
Leia também: Criança de 2 anos morre com diagnóstico de meningite em Ponta Grossa