Funcionários e servidores municipais de Arapoti foram pegos de surpresa nesta terça-feira (12) após uma decisão publicada pela prefeitura. No comunicado, o prefeito Irani José Barros determina a suspensão de todos os pagamentos da Prefeitura Municipal de Arapoti, incluindo salários, 13°, fornecedores e demais obrigações. Ainda hoje, os profissionais se encontram na Câmara para debater sobre o assunto.
A situação vem depois que os vereadores na sessão de segunda-feira (11), aprovaram o Projeto de Lei n° 2449/2023 (com emendas), qual obriga a prefeitura a pagar ao Instituto de Previdência dos Servidores de Arapoti (IPSM) o valor de R$ 7.324.751.42, até 31 de dezembro. Na nota divulgada, a prefeitura destaca que é impossível esse pagamento.
A reportagem do Portal Boca no Trombone conversou com uma professora e também com a assessoria da prefeitura que comentou sobre o caso. A professora que não que não quis se identificar, disse que ao invés do prefeito pagar esse valor resolveu bloquear os salários. “Antes ele já tinha enviado para a Câmara, um PL que descontasse das férias dos servidores os atestados médicos e ele esquece que existem leis trabalhistas”. Ela lembra que essa dívida de R$ 7 milhões o prefeito tem que pagar todo ano. “Se ele não tem como pagar, ele não tem um plano financeiro administrativo municipal […]. As contas do prefeito em 2021 não foram aprovadas, ou seja, o que está acontecendo?, aonde está esse dinheiro?. Ele cancelou a festa do município, dizendo que iria reformar casas por causa da chuva. Ele sabia que essa bomba iria estourar e agora temos verbas bloqueadas”.
Já a assessoria da prefeitura explica que para a prefeitura pagar esse valor de mais de R$ 7 milhões para quase 800 funcionários é impossível. “A metade do 13° já foi pago na metade do ano e agora a segunda metade, qual não vai ser pago e nem os salários para o mês de dezembro por enquanto”.
Sobre porque não vai ser pago, a assessoria comenta que “é questão dos recursos que o município tem disponível”. A assessoria disse que está sendo conversado como ficará a situação, e se a Câmara manter a decisão não haverá como realizar o pagamento.
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