Roma está em contagem regressiva para um dos eventos mais significativos da história recente, o funeral do papa Francisco, que ocorrerá no próximo sábado (26) na icônica Praça de São Pedro, em frente à Basílica de São Pedro. A expectativa é de que mais de 200 mil pessoas compareçam para prestar suas últimas homenagens ao pontífice, conforme informado pela empresa de transporte público local.
O evento atrairá não apenas os fiéis, mas também uma considerável quantidade de dignitários internacionais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos Estados Unidos e representantes da realeza europeia, com destaque para Espanha, Suécia e Bélgica. O chefe de polícia de Roma, Roberto Massucci, destacou a complexidade logística envolvida na chegada e acomodação dessas autoridades em um único local.
A segurança do evento será rigorosa, com cerca de 2 mil policiais da cidade em alerta máximo, complementados por milhares de agentes das forças de segurança nacional. A operação incluirá patrulhas no Rio Tibre, a utilização de drones para vigilância aérea e a presença de atiradores de elite posicionados estrategicamente nas imediações da praça. Além disso, haverá um dispositivo militar preparado para neutralizar qualquer ameaça aérea potencial.
As ruas adjacentes ao Vaticano estarão fechadas ao tráfego no dia do funeral. As autoridades estão atualmente decidindo a melhor rota para a procissão que levará o corpo do papa Francisco até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde ele escolheu ser sepultado. Desde sua morte, ocorrida na segunda-feira (21), aos 88 anos, em decorrência de um derrame e insuficiência cardíaca, o caixão do pontífice tem atraído milhares de visitantes que passam pela Basílica.
O início da cerimônia está agendado para as 10h (horário local), ou 5h no horário de Brasília. Fabio Ciciliano, chefe do Departamento Nacional de Proteção Civil, informou que o público poderá se reunir na Praça de São Pedro e ao longo dos quatro quilômetros que separam o Vaticano da Basílica de Santa Maria Maggiore.
Adicionalmente, foi estabelecida uma zona de exclusão aérea sobre Roma durante esta semana em preparação para o evento. A cidade terá que gerenciar um fluxo intenso de jatos particulares e aeronaves oficiais que chegarão aos aeroportos locais. Ciciliano observou que enquanto algumas delegações optarão por permanecer na cidade após o funeral, a maioria deve partir imediatamente após a cerimônia.
O aeroporto militar de Pratica di Mare será utilizado como suporte aos aeroportos civis Fiumicino e Ciampino, caso necessário. Em termos logísticos, a companhia ferroviária nacional planeja adicionar aproximadamente 260 mil assentos aos trens com destino à capital. Por sua vez, a operadora aeroportuária ADR prevê um aumento significativo no número de passageiros chegando à cidade em comparação com as previsões feitas para o feriado da Páscoa.
O impacto deste evento não se restringirá apenas ao funeral. Multidões adicionais deverão se reunir posteriormente para acompanhar o conclave dos cardeais que elegerá o novo papa, com essa fase do processo programada para começar após o dia 6 de maio.
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