A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) se manifestou publicamente sobre a prisão de um de seus servidores em Ponta Grossa, ocorrida na tarde desta quarta-feira (18). O funcionário, de 35 anos, é suspeito de implementar um esquema fraudulento que causou um prejuízo estimado em R$ 215.430,92 à empresa, segundo investigações da Polícia Civil do Paraná.
A denúncia partiu da própria Sanepar, a partir de uma sindicância interna conduzida pela área de Governança, Riscos e Compliance. Assim que identificou a má conduta, a companhia afastou imediatamente o empregado de suas funções, bloqueou todos os seus acessos aos sistemas internos e notificou as autoridades policiais, com as quais segue colaborando integralmente.
A Sanepar destacou que repudia qualquer conduta fora dos padrões legais e éticos e reforçou que o episódio não representa a conduta dos mais de 6 mil empregados da companhia, que atuam continuamente para fornecer água tratada e serviços de esgotamento sanitário para cerca de 12 milhões de paranaenses.
Desde 2020, a empresa mantém um canal de denúncias independente e terceirizado, disponível para relatos sobre irregularidades cometidas por funcionários ou fornecedores. O canal pode ser acessado em canalintegro.com.br/sanepar ou pelo telefone 0800 580 3756.
O caso
As investigações, lideradas pelo 2º Distrito Policial de Ponta Grossa, apontam que o servidor usou credenciais indevidas de outros colegas, além de se aproveitar de sua posição de confiança para realizar devoluções fictícias de valores, que eram redirecionadas a uma conta bancária em seu nome.
De forma meticulosa, o funcionário desbloqueava as senhas de acesso de servidores afastados legalmente, realizava as operações fraudulentas e, em seguida, bloqueava novamente os acessos para ocultar os rastros da fraude. Apenas três funcionários — incluindo o investigado — tinham permissão para esse tipo de manobra nos sistemas.
O esquema também incluía a falsificação de atestados médicos, usados para justificar ausências e facilitar a execução dos desvios. No computador pessoal do investigado, a polícia encontrou arquivos com modelos editáveis de atestados prontos para uso.
A Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal do acusado e o sequestro de bens. O inquérito deve ser finalizado nos próximos dias e enviado ao Ministério Público.
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