“‘Nossa sociedade não está assim? Essas pessoas não são exatamente como nós?. Situações que eram bizarras e impensáveis há 10 anos, infelizmente, são bem realistas agora. Criei a temporada 1 há três anos e, mesmo de lá para cá, sinto que a sociedade não desviou desse caminho de polarização. Acho que Round 6 é o tipo de história que gera uma identificação e um impacto no público”, disse.
Desenvolvimento da segunda temporada
Desde que passou a desenvolver a segunda temporada de Round 6, Hwang explicou que, como já tinha um mundo e personagens bem definidos, não teve grandes dificuldades para continuar a história. Entretanto, o diretor trabalhou bastante para dar uma continuidade digna do sucesso da produção, muito pela decisão do tipo de trama explorada.
“Como muitos personagens da primeira temporada morreram, foi desafiador pensar em como avançar na trama de Gi-hun e dos personagens que restaram e, ao mesmo tempo, deixar essas histórias mais densas, mais profundas, mais amplas. Também senti a necessidade de criar jogos que deixassem a série mais intensa”, declarou.
O cineasta revelou que não pretendia gravar mais uma temporada, por conta da dificuldade de bolar Round 6, apesar de ter uma ideia de que isso poderia acontecer. Ele falou a si mesmo que jamais faria algo tão complexo.
“Me vi fazendo algo impensável, mesmo estando emocionado por voltar àquele mundo. A minha sensação foi de ter reencontrado por acaso alguém muito especial. Um verdadeiro carrossel de emoções tomou conta de mim”, declarou, ao citar a gravação da primeira cena da segunda temporada.
A evolução do protagonista foi um dos maiores desafios para a temporada 2. O diretor classificou esse ponto como um dos “maiores riscos e diferenças” entre as duas levas de episódios, já que o caráter de Gi-Hun mudou conforme a produção avançava.
Novos velhos personagens
Além do retorno do protagonista Lee Jung-jae, peça-chave para o desenrolar da trama, o diretor e roteirista Hwang Dong-hyuk optou por aprofundar a história de alguns personagens que sobreviveram na primeira temporada.
Entre eles estão Gong Yoo, o Recrutador, o policial Jun-ho, que leva um tiro nos capítulos finais, e o Líder (Front Man), responsável por coordenar os jogos. Esses dois últimos personagens ganham destaque na nova temporada, sendo essenciais para a dinâmica narrativa.
Sobre os jogos, Hwang revelou que muitas pessoas demonstraram interesse em ver mais brincadeiras tradicionais coreanas. Ele destacou que, assim como nos episódios anteriores, as penalidades precisavam ser imediatas e autoexplicativas, exigindo dele um cuidado extra para atender às expectativas do público.
O sucesso global dos doramas também influenciou a abordagem do diretor, que decidiu incorporar elementos desse universo cultural à série. Outra mudança significativa está no perfil dos jogadores, que agora são mais jovens.
Hwang explicou que essa escolha traz um tom mais realista à trama, já que muitos jovens na faixa dos 20 ou 30 anos enfrentam grandes dificuldades financeiras, tornando-se presas fáceis para o Jogo da Lula. Segundo ele, essa mudança acrescenta uma camada extra de verossimilhança à produção.
Com informações de Metrópoles.
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