O atendimento das UPAs Santana e Santa Paula têm sido frequentemente questionado por diversos pacientes em Ponta Grossa. A superlotação e a demora para ser atendido estão entre as principais reclamações recebidas pelo Portal BnT. A gestão das unidades identificou a superlotação das UPAs e repassou o tamanho dela – ambas operam em mais de 60% da capacidade.
Em nota enviada à reportagem, diante da última denúncia feita por familiares sobre a UPA Santa Paula, a entidade afirma que houve um aumento expressivo no número de atendimentos nas UPAs Santana e Santa Paula na última segunda-feira (26). A alta procura de pacientes com sintomas de crise respiratória é apontada como o grande motivo para a superlotação.
Segundo o comunicado enviado pela gestão, esse crescimento atingiu mais do que 60% da capacidade de atendimento nas duas unidades. “Na UPA Santa Paula, foram realizados ao todo ao longo do dia 531 atendimentos, o que representa um aumento de 62% em relação à capacidade diária da unidade, que é de 327 atendimentos. Já na UPA Santana, foram contabilizados 370 atendimentos em um único dia, 69% acima da capacidade máxima, que é de 218 pacientes”, diz a nota.
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O tempo de espera pelo atendimento também se deve à prioridade concedida aos casos de maior gravidade. De acordo com informações repassadas à reportagem, cerca de 36% dos atendimentos na segunda-feira foram classificados como risco amarelo. O paciente enquadrado nestes casos precisa ser atendido em até 1h.
“Casos verdes e azuis, considerados menos urgentes, foram atendidos conforme a prioridade, após a estabilização do fluxo dos pacientes mais graves”, aponta o Instituto.
Casos respiratórios
Com a chegada do inverno, é comum que haja aumento nos casos de síndromes respiratórias. Isso é percebido nos dados de atendimentos realizados pelas duas UPAs em um comparativo com os outros meses do ano.
Segundo o INDSH, a UPA Santa Paula já registrou 1.416 atendimentos por sintomas respiratórios, quase três vezes mais que a média dos meses anteriores, no qual registrou 493 atendimentos. O mesmo fenômeno ocorreu na UPA Santana: foram 545 atendimentos respiratórios durante o mês de maio, em comparação com a média mensal de 396.

Orientações
A direção das unidades reforça que as equipes médicas e de enfermagem estão completas e operando em sua total capacidade e que o aumento do tempo de espera não se deve à falta de profissionais, mas sim ao limite operacional da unidade à alta demanda registrada. “Neste caso, a unidade orienta que pacientes com quadros leves procurem preferencialmente a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência em sua região, como forma de evitar superlotação das UPAs”, destaca a nota.
Além disso, é válido reforçar a importância da vacinação como principal forma de prevenção e que a Prefeitura de Ponta Grossa oferece a vacina contra a gripe de forma gratuita nas UBS e no ônibus da vacina.
A gestão reforça que a vacinação contra a gripe é a principal forma de prevenção contra as síndromes respiratórias. Os imunizantes são disponibilizados de forma gratuita das Unidades Básicas de Saúde e no ônibus da vacina, da Prefeitura de Ponta Grossa.
O Município de Ponta Grossa tem a menor cobertura vacinal contra a gripe no interior do estado do Paraná. Veja reportagem completa em levantamento realizado pelo Portal BnT clicando aqui.