A Polícia Civil de Ponta Grossa, por meio da 13ª Subdivisão Policial (SDP), está investigando uma denúncia de violação sexual mediante fraude ocorrida nas dependências de uma academia vinculada à Associação Recreativa dos Homens do Trabalho (ARHT).
De acordo com o delegado responsável pelo registro da ocorrência, Lucas Andraus, a vítima relatou que o instrutor teria tocado suas nádegas e sua região íntima enquanto demonstrava um exercício físico. A adolescente, abalada, afirmou que o ato foi feito com inequívoca intenção lasciva. “Por se tratar de uma menor de idade, estamos tratando o caso com muito cuidado para proteger a vítima e evitar sua revitimização”, destacou o delegado.
O instrutor, em depoimento, reconheceu o contato físico, mas alegou que sua intenção era “indicar o músculo que estava sendo trabalhado”. Contudo, ainda conforme o delegado, os elementos preliminares da investigação indicam que o ato pode configurar violação sexual mediante fraude, crime previsto no artigo 215 do Código Penal.
Prisão e audiência de custódia
Após ser preso em flagrante, o instrutor foi encaminhado para audiência de custódia. A defesa do suspeito argumentou que ele preenche todos os requisitos legais para responder ao processo em liberdade. O juiz acatou o pedido, determinando sua liberação. A defesa reforçou que o acusado está colaborando com as investigações e mantém a posição de que não houve intenção criminosa.
Posição oficial da ARHT
A Associação Recreativa dos Homens do Trabalho emitiu uma nota oficial assinada pelo presidente Cleverson Cabral e pelo diretor jurídico João Paulo Vieira Deschk, na qual expressa surpresa com a denúncia e se compromete a colaborar com as autoridades para que o caso seja esclarecido:
“A Associação Recreativa dos Homens do Trabalho recebeu com surpresa a informação da denúncia de suposta ocorrência de assédio de um funcionário do clube, nas dependências da academia. Diante disso, a ARHT se coloca à disposição das autoridades para auxiliar na investigação dos fatos e dar suporte aos interessados para que o fato possa ser julgado com isenção e a mais plena Justiça.”
Próximos passos
A Polícia Civil está analisando imagens das câmeras de segurança da academia e colhendo depoimentos de testemunhas para esclarecer o que ocorreu. A investigação continua em andamento e novas informações serão divulgadas nas próximas semanas. As autoridades reforçam a importância de denunciar casos de assédio e abuso, garantindo acolhimento às vítimas e proteção aos responsáveis.
Leia também: Professor de academia é detido após denúncia de assédio em PG. Defesa se posiciona