Marcos Vagner de Souza, suspeito de assassinar a adolescente grávida Isis Victoria Mizerski, desaparecida desde julho de 2024, enviou uma carta pedindo sua transferência para um presídio em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. O suspeito encontra-se preso preventivamente em Ponta Grossa e escreveu o documento destinado ao programa Balanço Geral, da RICtv.
No manuscrito, Marcos afirma temer por sua segurança dentro da unidade prisional e justifica o pedido de transferência dizendo que tem familiares em Francisco Beltrão. Ele também se apresenta como réu primário, pai de filhos e sem vínculo com facções criminosas, além de ter advogado constituído. Marcos alega ser inocente e que não existem provas concretas que o vinculem ao crime. Segundo ele, as acusações foram “fabricadas por pessoas com vínculo familiar e movidas por fortes emoções”.
“O ‘Caso Isis’ me prejudicou imensamente. Não há nenhuma prova que me aponte como culpado, e tenho sido alvo de perseguição, até xenofóbica, por parte da imprensa. Me sensibilizo com a dor da família, mas eu também sou pai e não mereço pagar por algo que não fiz”, escreveu o acusado na carta. Marcos também mencionou que, desde sua prisão, está em regime de isolamento, o que dificultaria seu convívio com os filhos.
Além disso, os advogados de Marcos confirmaram o pedido formal de transferência, mas até o momento, não houve resposta da Justiça.
Enquanto isso, a mãe de Isis, Flávia Regina Mizerski, passa por um momento de extrema dificuldade. Ela encontra-se internada e intubada na UTI do Hospital do Rocio, em Campo Largo, após sofrer uma série de crises convulsivas. De acordo com informações, seu quadro de saúde segue estável até esta quinta-feira (27). A família da jovem permanece à espera de respostas sobre o desaparecimento e a morte de Isis.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades, e a comunidade acompanha as atualizações sobre o andamento do processo e os pedidos de justiça para Isis Victoria Mizerski.