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Cemitério cria rota de fuga inusitada para evitar sepultamento vivo; entenda

Cemitério cria rota de fuga inusitada para evitar sepultamento vivo; entenda Boca no Trombone Cemitério cria rota de fuga inusitada para evitar sepultamento vivo; entenda
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Cemitério em Blumenau, SC, cria rota de fuga para evitar sepultamentos vivos, inspirada pelo trauma do proprietário com a morte.

Um cemitério em Blumenau, Santa Catarina, implementou um sistema inusitado que visa garantir a segurança dos sepultados. Trata-se de uma rota de fuga especialmente projetada para situações em que haja o risco de pessoas serem enterradas vivas. Esta iniciativa tem suas raízes em um trauma pessoal do proprietário do local.

Alcione da Silva, responsável pelo cemitério, compartilhou sua história. Desde a infância, Alcione carrega um profundo medo da morte, um sentimento que se intensificou após a perda de seu pai. “Desde os nove anos, convivo com esse trauma. Quando comecei a trabalhar no cemitério, apenas 11 meses depois da morte do meu pai, fiquei preocupado se realmente havia certeza de que ele havia falecido”, relatou.

O coveiro explicou que, antes do caixão ser colocado na gaveta, os parafusos que trancam a tampa são retirados para facilitar a saída. Outro artefato utilizado é uma cola que leva 36 horas para secar, além de um lacre fino e flexível.

Além disso, dentro das sepulturas há um sistema de aeração, com um dispositivo sugando o ar de dentro e outro levando ar limpo para a gaveta. Caso uma pessoa esteja viva dentro do caixão, ela não morrerá asfixiada. Silva começou a implementar esse sistema há cerca de 20 anos, mas foi nos últimos três anos que ele aperfeiçoou da maneira como imaginava. Atualmente, são cerca de 1.700 sepulturas com rotas de fuga.

Para assegurar que não haveria equívocos durante o sepultamento, Alcione organizou um velório que durou 36 horas. Somente após verificar todas as condições e ter plena certeza do falecimento, ele procedeu com o enterro. Mesmo assim, para tranquilizar ainda mais sua preocupação, optou por manter a sepultura aberta por mais três dias, até que os sinais da decomposição se tornassem evidentes.

A inovação na estrutura do cemitério reflete não apenas uma preocupação pessoal de seu proprietário, mas também um esforço para atender aos temores que muitos podem ter sobre o tema da morte e sepultamento.

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Fabiano Blageski

Fabiano Blageski

Radialista em Ponta Grossa, atuou em rádios, TV e sites, com experiência no microfone e nos bastidores. Apaixonado por comunicação, entretenimento e notícias, também é promoter de eventos, assessor de imprensa, destacando-se pela versatilidade e busca constante por aprendizado.

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