Em meio aos desafios enfrentados pela educação no Paraná, temos a responsabilidade de abordar questões sobre a qualidade do ensino, pois ela está intrinsecamente ligada às políticas educacionais adotadas, e é com preocupação que observamos o avanço da militarização nas escolas.
No atual cenário, é inaceitável a implementação das escolas cívico-militares. Mesmo reconhecendo a importância da disciplina, é preciso ponderar sobre a pertinência desse modelo para a nossa realidade educacional. A necessidade de um governo sério que compreenda a importância do investimento na educação é fundamental.
A qualidade do processo de ensino-aprendizagem está atrelada aos recursos e condições oferecidos às escolas e aos profissionais da educação e não à simples presença de um policial dentro do ambiente educacional.
Assim como os pais buscam oferecer o melhor aos seus filhos, o Estado deve garantir condições adequadas para que as escolas cumpram sua missão educacional de forma eficaz. Contudo, a implementação das escolas cívico-militares suscita legítimas preocupações.
A APP-Sindicato, em conjunto com outros movimentos sociais, posiciona-se em defesa de uma educação pública de qualidade, inclusiva e que promova a formação integral dos estudantes. Destacamos a importância do diálogo entre comunidade, educadores e gestores para construir um modelo educacional que atenda às reais necessidades da sociedade.
No âmbito estadual, enfrentamos desafios relacionados à valorização dos profissionais da educação. A luta por salários dignos, condições de trabalho adequadas e o respeito à carreira são bandeiras que carregamos cotidianamente.
Nossa sociedade merece uma escola pública que seja um espaço não apenas de aprendizado acadêmico, mas também de formação cidadã, respeito à diversidade e desenvolvimento integral. Unir esforços é mais importante do que nunca para garantir que a educação seja tratada com a prioridade que merece.
A mobilização da APP e seus Núcleos Sindicais contra a militarização de escolas no Paraná reflete a preocupação com o futuro da educação no estado. O plano de militarizar mais 200 colégios no próximo ano levanta questionamentos sobre a pressa nas consultas às comunidades escolares, prejudicando o debate democrático.
A escola pública deve ser um espaço de aprendizado e ensino, com profissionais valorizados, liberdade de expressão e qualidade educacional. A resistência à ideia de militarizar as escolas é baseada na convicção de que a solução para os desafios educacionais não está na presença de militares, mas sim na valorização de professores, funcionários e pedagogos.
A atuação questionável dos militares aposentados em relação à segurança é destacada, contrastando com a contribuição dos funcionários concursados que conhecem a comunidade escolar. Investir na formação e qualificação dos profissionais da educação é a chave para melhorar a qualidade do ensino, não a militarização.
Há muitos motivos para se dizer não às escolas cívico-militares. A desvalorização dos educadores, a falta de formação dos militares contratados e os gastos elevados são aspectos críticos que merecem atenção.
Em tempos desafiadores, reforçamos nosso compromisso de permanecer na linha de frente na defesa da educação pública e dos profissionais dedicados a formar cidadãos conscientes e críticos. Juntos, podemos construir um futuro mais justo e igualitário por meio da educação, respeitando a diversidade e promovendo o diálogo entre todos os envolvidos no processo educacional.
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