Na madrugada de sexta-feira, 25 de abril, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi detido em Alagoas, em um desdobramento que ocorreu por volta das 4h. A prisão aconteceu pouco tempo após uma ordem emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com uma declaração enviada ao g1 pelos advogados de Collor, a detenção se deu enquanto o ex-presidente estava a caminho de Brasília, onde pretendia se entregar voluntariamente às autoridades. “Atualmente, Fernando Collor de Mello está sob custódia na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana”, informa a nota divulgada.
Na quinta-feira anterior, 24 de abril, o ministro Moraes havia rejeitado um segundo recurso apresentado pela defesa e ordenou a prisão imediata do ex-senador. Collor foi condenado a cumprir uma pena de oito anos e dez meses em regime fechado, devido à sua participação em um esquema de corrupção relacionado à BR Distribuidora. Os advogados afirmaram que ele “se apresentará para o cumprimento da decisão determinada”.
A pedido do ministro Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão virtual extraordinária do plenário para validar a decisão, permitindo que o cumprimento da pena iniciasse imediatamente.
Em sua deliberação, Moraes ressaltou que as evidências na Ação Penal (AP) 1025 demonstraram que Collor recebeu R$ 20 milhões com a colaboração dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O dinheiro foi destinado a facilitar contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases destinadas à distribuição de combustíveis. Em troca, os envolvidos ofereceram apoio político para a nomeação e manutenção de diretores na estatal.
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