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Policial Ponta Grossa

Fraudes bancárias, tráfico e corrupção: MPPR mira organização criminosa em operação

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Foto: Lincoln Vargas
Operações “A Rede”, “Muralha de Areia” e “Vértice” miram fraudes bancárias eletrônicas, lavagem de dinheiro, corrupção no sistema prisional e tráfico de drogas em vários estados.
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O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Gaeco de Ponta Grossa e com apoio dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e do Ceará, deflagrou nesta terça (4) e quarta-feira (5) três grandes operações simultâneas: “A Rede”, “Muralha de Areia” e “Vértice”. A ação conjunta também contou com o suporte da Polícia Científica e de outras forças de segurança, visando desmantelar uma organização criminosa de atuação nacional, envolvida em fraudes eletrônicas, corrupção e tráfico de drogas.

As investigações começaram em fevereiro, a partir de uma denúncia anônima, e resultaram no cumprimento de 63 mandados de busca e apreensão, 38 ordens de sequestro de bens e valores, bloqueio de 11 veículos e sequestro judicial de seis imóveis. Os alvos foram localizados nos estados do Paraná, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Falsa central bancária aplicava golpes com engenharia social

A operação “A Rede” teve como foco uma falsa central telefônica que funcionava em Ponta Grossa, onde criminosos se passavam por funcionários de bancos para aplicar golpes sofisticados usando engenharia social. As vítimas eram convencidas a fornecer dados sensíveis e tokens de segurança, que permitiam a invasão de contas por hackers. Em um dos casos, uma empresa paulista teve R$ 564 mil furtados. Em outro, um cliente com R$ 5 milhões foi salvo a tempo por seu gerente.

O dinheiro era lavado por meio de uma rede de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas em diversos estados, incluindo empresas de fachada — uma delas registrada como comércio de artigos de pesca.

Confira as últimas notícias policiais de Ponta Grossa

“Muralha de Areia”: corrupção no sistema prisional

Interceptações telefônicas revelaram um esquema de compra de benefícios indevidos para presos na Unidade de Progressão em Ponta Grossa. As investigações apontam corrupção ativa e passiva, com concessão ilegal de uso de celulares e saídas não autorizadas do canteiro de trabalho.

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“Vértice”: tráfico de drogas e movimentações milionárias

Parte da quadrilha também atuava com o tráfico de drogas em grande escala, utilizando empresas fantasmas em vários estados e na região de fronteira com o Paraguai para lavar dinheiro. Uma única empresa movimentou R$ 43,6 milhões em 2025, segundo o MPPR.

População pode ajudar

Autoridades reforçaram a importância da denúncia anônima para combater crimes cibernéticos. Golpes como os aplicados pela quadrilha são cada vez mais comuns com o uso crescente de aplicativos bancários e criptomoedas.

De acordo com especialistas envolvidos na operação, o crime digital tem substituído o crime tradicional, exigindo colaboração da população. Técnicas como o spoofing — que simula números de telefone reais para enganar vítimas — foram amplamente utilizadas pela organização criminosa.

As investigações devem continuar e podem ser ampliadas para outros estados, à medida que os materiais apreendidos forem analisados.

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About the author

Lincoln Vargas

Lincoln Vargas

Jornalista pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalho em diversas frentes da área jornalística, mas com uma paixão especial pelo mundo do esporte. Além de fazer parte da redação do Portal BNT, também atuo como repórter setorista do Operário Ferroviário e repórter freelancer.

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