O secretário das Cidades do Paraná (Secid), Guto Silva, afirmou que Ponta Grossa tem recebido atenção significativa do Governo do Estado em obras e investimentos estratégicos. A declaração foi dada durante o I Congresso dos Municípios do Paraná, em Curitiba, após questionamentos sobre as críticas da prefeita Elizabeth Schmidt (União), que apontou desequilíbrio nos repasses estaduais para a cidade em relação a outras regiões, como Guarapuava.
Segundo o secretário, a análise de investimentos deve considerar o conjunto das ações estaduais, e não apenas repasses diretos.
“Quando a gente faz um recorte em Ponta Grossa, vou dar um exemplo: tem uma rodovia que liga Ponta Grossa à Palmeira, uma obra de R$ 500 milhões, que não estava computada. Então, o cálculo tem que ser revisto com mais cautela. É preciso verificar todos os investimentos, na educação, na infraestrutura. Ponta Grossa tem recebido muitos recursos, como todos os demais municípios de grande porte”, explicou Guto Silva.
O secretário da Secid ressaltou que o planejamento estadual busca equilibrar os investimentos conforme as demandas de cada região e que a capital dos Campos Gerais vem sendo beneficiada por diversos programas de infraestrutura, mobilidade e atração de empresas. “Importante lembrar: houve um esforço muito grande também do Governo do Estado para atrair grandes empresas multinacionais para Ponta Grossa. Praticamente há um incremento muito forte no município nos últimos cinco, seis anos”, destacou.
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Para Guto Silva, os números oficiais deverão ser detalhados para demonstrar o impacto real dos aportes feitos pelo Estado. “É um recurso que chega na cidade. Ponta Grossa está bem, caminha com força. Obviamente faz parte do andamento político, mas tenho certeza de que nós vamos detalhar esses números. Ponta Grossa está muito bem atendida”, completou.
As declarações do secretário ocorrem após a prefeita Elizabeth Schmidt divulgar, nesta semana, uma carta ao governador Ratinho Junior (PSD) cobrando maior equilíbrio nos repasses estaduais. No documento, ela apontou que Ponta Grossa teria recebido investimentos menores em comparação com outras cidades paranaenses.
A manifestação também foi repercutida pelo presidente da Câmara Municipal, Julio Kuller (MDB), que classificou a situação como “boicote político”. O tema ganhou destaque durante o Congresso, mobilizando representantes de diferentes regiões do Paraná.



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