Uma situação preocupante foi denunciada por familiares de uma idosa que aguardava atendimento na UPA Santana, em Ponta Grossa.
Maria Nogueira, de 89 anos, aguardava há quase 24 horas por uma transfusão de sangue, segundo relato de um dos familiares ao portal Boca no Trombone. A paciente chegou à unidade ontem (27), por volta do meio-dia, e passou a noite nas cadeiras de espera, sem conseguir realizar o procedimento.
A família acusa a administração da UPA de descaso e desrespeito, afirmando que as enfermeiras não se prontificam a resolver a situação. “Acho um absurdo que uma pessoa nessa idade tenha que passar por todo esse sofrimento para conseguir ser atendida”, diz a filha da paciente.
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Diante da gravidade da situação, a equipe do portal BNT entrou em contato com a assessoria de imprensa das UPAs de Ponta Grossa em busca de esclarecimentos. Por meio de nota, foi esclarecido que:
“A UPA Santana esclarece que não procede a queixa de que a paciente M.N., de 89 anos, está há mais de 24 horas aguardando por uma transfusão sanguínea. A paciente está sob cuidados clínicos na unidade desde às 14h51 do dia 27/06, contudo, considerando a evolução terapêutica da paciente, a decisão pela transfusão sanguínea foi definida na madrugada de hoje, dia 28. Nas horas seguintes, todo procedimento para solicitação das bolsas sanguíneas foi realizado e encaminhado ao Hemepar, que já está no trâmite de preparação dos hemocomponentes para envio do material à UPA, onde será realizada a hemotransfusão da paciente, seguindo os protocolos clínicos vigentes.”
Após o contato do portal BNT às autoridades competentes, a paciente foi transferida a um leito para finalmente realizar a transfusão. A filha de Maria ressaltou sua indignação. “Minha mãe precisou passar mal a ponto de desmaiar para ser atendida”, acusou.
A Portaria nº 1.600/2011, que instituiu a Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS), em seu artigo 21, determina que “o tempo de permanência dos usuários nas unidades de Pronto Atendimento não poderá exceder 24 horas, podendo ser prorrogado por igual período, excepcionalmente, mediante autorização da Central de Regulação Médica de Urgências e Emergências”. Em situações de alta demanda, a permanência do paciente pode ser estendida por mais 24 horas, totalizando 48 horas, desde que haja autorização da central de regulação médica.