Paraná Política

Mabel Canto denuncia descasos e violência obstétrica no Hospital Regional de Paranaguá

A deputada Mabel Canto (PSC) denunciou nesta segunda-feira (08), durante a sessão da Assembleia Legislativa, descasos com pacientes mulheres e violência obstétrica, ocorridos no Hospital Regional de Paranaguá.

Durante sua fala, a parlamentar ponta-grossense relatou o caso da paciente “Elen”, com mais de 40 semanas de gestação, ocorrido na última quinta-feira (04). Atendendo a um encaminhamento de seu médico na Unidade Básica de Saúde, Elen deu entrada no Hospital Regional de Paranaguá com um pedido para que o seu parto fosse feito por meio de uma cesariana.

Ocorre que, ao chegar no Hospital, por volta das 3 horas da madrugada, informaram-na que a cesariana não poderia ser realizada porque a instituição hospitalar encontrava-se sem anestesia. Referida informação, segundo levantamento realizado junto à SESA após o ocorrido, era inverídico.

Na madrugada de sexta-feira (05), a gestante entrou em trabalho de parto, entretanto sem dilatação, e ao invés da realização da cesariana, a gestante foi obrigada pelo Hospital a realizar um parto normal, às 13 horas, ou seja, cerca de 12 horas de espera desde sua entrada.

Ainda em seu discurso, a parlamentar também relatou que nesta tarde de segunda-feira (08) um bebê está sendo enterrado em Paranaguá, após o Hospital Regional de Paranaguá obrigar uma parturiente a realizar o parto normal mediante fórceps, o que é considerado pela legislação, violência obstétrica.

“É um descaso muito grande o que está acontecendo com as nossas mãezinhas de Paranaguá e região, que num momento tão bonito da vida delas, de trazer um filho ao mundo, estão passando por isso. Eu já tinha ido ao Hospital Regional para conversar sobre a Lei do Parto Adequado, mas infelizmente, a lei não vem sendo cumprida e o desrespeito e a violência obstétrica é muito grande em Paranaguá”, disse Mabel Canto.

Sobre as denúncias, a parlamentar informou que está protocolando um pedido de providências junto à SESA, bem como, um pedido de regulamentação da Lei de Violência Obstétrica, aprovada em 2018 , e que necessita de uma padronização da SESA, relacionada ao combate à violência obstétrica e também ao cumprimento da Lei do Parto Adequado em todo o Paraná.


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