Coluna Destaque

O que há de novo na ufologia mundial?, por Dirceu Klemba

Ufólogo revela que o governo dos EUA esconde naves alienígenas intactas. A NASA busca mais transparência, mas não encontra evidências nos OVNIs.

Olá amigos leitores do Portal BNT, há algum tempo estou sem publicar novidades, isto por que muitos acontecimentos inexplicáveis ocorreram, e preferi aguardar um tempo para poder expressar opinião a respeito.

Ovni abatido no Canadá — Foto: Reprodução/Divulgação

Tudo começou quando David Grusch disse à imprensa norte-americana que o governo esconde do Congresso informações sobre naves possivelmente alienígenas há décadas. David Grusch, um ex-oficial de inteligência do país afirmou que o governo norte-americano tem naves extraterrestres “intactas e parcialmente intactas” escondidas. A afirmação foi feita à imprensa local, e que trabalhou em análise de fenômenos anômalos inexplicáveis (UAP, na sigla em inglês) em uma agência de inteligência geoespacial do Departamento de Defesa dos EUA. Ele ainda afirmou que os fragmentos foram recolhidos durante décadas e que as investigações sobre as possíveis evidências concluíram que os objetos são “de origem exótica (inteligência não humana) com base nas morfologias do veículo e testes de ciência de materiais e na posse de arranjos atômicos únicos e assinaturas radiológicas”, descreveu. “Não estamos falando de origens ou identidades prosaicas […] O material inclui veículos intactos e parcialmente intactos”, complementou em entrevista ao “The Debrief”.

VAMOS RELEMBRAR OS FATOS

Em junho de 2023, o oficial da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e ex-oficial de inteligência David Grusch afirmou publicamente que oficiais lhe confidenciaram que o governo federal dos EUA mantém um programa de recuperação de OVNIs altamente secreto e que o mesmo possui espaçonaves “não humanas” e seus “pilotos mortos”. Grusch não revelou o nome de tais oficiais.

Antes isso, em 2022, Grusch apresentou uma queixa como delator ao Inspetor Geral da Comunidade de Inteligência (ICIG) dos Estados Unidos para apoiá-lo em seu plano de compartilhar informações classificadas com o Comitê de Inteligência do Senado dos EUA. Ele também apresentou uma queixa alegando retaliação de seus superiores sobre uma queixa semelhante que registrou em 2021.

Grusch afirma que os indivíduos com quem ele conversou compartilhavam a preocupação de que cidadãos estadunidenses foram mortos como parte dos esforços do governo para encobrir essas informações. Em resposta às suas reivindicações de junho de 2023, tanto a NASA quanto o Departamento de Defesa dos EUA emitiram declarações dizendo, respectivamente, que nenhuma evidência de vida extraterrestre foi encontrada até o presente momento e que não há informações verificáveis sobre a posse e engenharia reversa de quaisquer materiais ou aeronaves extraterrestres.

CONVOCADO PARA EXPLICAR

Após fazer a denúncia de que o governo dos Estados Unidos (EUA) esconde várias naves de procedência não identificada, também conhecidos como objetos voadores não identificados (OVNI), o ex-agente de inteligência David Grusch foi convocado ao Congresso norte-americano para dar mais detalhes sobre a denúncia.

Durante a audiência no Congresso dos Estados Unidos em 26 de julho de 2023, para o Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara, Grusch reafirmou suas reivindicações sob juramento, juntamente a dos pilotos de caça Ryan Graves e David Fravor, que trouxeram relatos sobre encontros com OVNIs por pilotos de caça da Força Aérea dos Estados Unidos.

Em seu testemunho, Grusch afirmou que não poderia elaborar publicamente alguns aspectos de suas alegações, mas se ofereceu para dar mais detalhes aos representantes em uma reunião fechada, por envolverem informações classificadas.

 

Ex-agente de inteligência David Grusch, convocado ao Congresso norte-americano para dar mais detalhes sobre a denúncia de que os EUA escondem naves alienígenas. (Foto: Brendan SMIALOWSKI/AFP)

NASA TENTA EXPLICAR O OCORRIDO

Após David Grusch falar à imprensa norte-americana que o governo esconde do Congresso informações sobre naves, a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA) realizou sua primeira reunião pública sobre fenômenos anômalos não identificados (“UAPs”), os populares óvnis ou UFOs, na quarta-feira, 31/05. A agência espacial transmitiu a audiência de quatro horas em suas redes sociais e, durante o encontro, enfatizou que ainda não há evidências suficientes para afirmar que há vida fora da Terra. A equipe da conferência foi formada por 16 cientistas e outros especialistas selecionados pela NASA, como o astronauta aposentado Scott Kelly, o primeiro norte-americano a passar quase um ano no espaço. A reunião foi realizada na sede da NASA, em Washington, e o público participou remotamente, enviando centenas de perguntas. NASA

FALTA DE DADOS

Em entrevista coletiva, os especialistas da NASA disseram que, atualmente, não há informações suficientes e de alta qualidade sobre os óvnis. “Essa falta de dados de alta qualidade torna impossível tirar conclusões científicas sobre a natureza desses fenômenos”, disse Nicola Fox, gerente do programa científico da agência. Fox explicou que os dados que o painel vem estudando não são confidenciais e provêm de “instituições governamentais civis”, do setor privado e de “outras fontes”.

“Uma das lições que tiramos é a necessidade de mais dados de alta qualidade e de dados medidos com instrumentos bem calibrados, múltiplas observações e a necessidade de uma conservação de dados de alta qualidade”, acrescentou David Spergel, chefe da equipe que realiza pesquisas sobre fenômenos não identificados.

O contexto em que os fenômenos são avistados também contribui para a inutilização das informações, disse Fox, principalmente porque há entidades que podem “imitá-los ou eclipsá-los completamente”, como equipamentos aéreos militares.

ILUSÃO DE ÓTICA?

Ilusões de ótica podem explicar alguns desses fenômenos, disse o astronauta Scott Kelly, ex-piloto de caça da Marinha. Ele lembrou de um voo do caça Tomcat perto de Virginia Beach alguns anos atrás, durante o qual seu oficial de interceptação de radar, que estava no banco de trás, estava convencido de que havia passado por um óvni. “Acontece que era Bart Simpson, um balão”, disse Kelly. “E na minha experiência, os sensores têm os mesmos problemas que o olho humano.”

UM RELATÓRIO EMITIDO PELA NASA

Após os eventos terem ocorrido, o diretor da NASA, Bill Nelson, disse em 27 de julho de 2023 durante uma visita oficial à Argentina que um comitê de cientistas está preparando um relatório sobre as suspeitas sobre alienígenas. As declarações foram feitas em resposta a um repórter, que questionou a fala de David Grusch. Nelson, durante coletiva na Casa Rosada, sede do governo argentino, afirmou que decidiu como diretor da NASA, nomear um comitê de cientistas para elaborar um relatório a respeito do caso, já que existem tantas suspeitas sobre alienígenas

Em seu relatório sobre óvnis, NASA diz não haver evidências de origem extraterrestre nesses fenômenos. O documento define um protocolo com regras de como deve ser feita a coleta de dados a fim de avançar na compreensão científica sobre o tema. Segundo a agência, a falta de informações confiáveis é um dos principais desafios. O documento, de 36 páginas, estabelece um protocolo com regras e abordagem científica para o estudo futuro desses óvnis e não faz a análise de objetos previamente avistados.

Bill Nelson, diretor da NASA, durante a apresentação do relatório do painel da agência sobre óvnis. Foto: AFP

NÃO SABEMOS O QUE SÃO ESSES ÓVNIS!!!

A equipe de estudo independente da NASA não encontrou nenhuma evidência de que os óvnis tenham origem extraterrestre, mas não Soube explicar o que são esses óvnis. O documento afirma que não há razão para concluir que os relatórios existentes de óvnis tenham uma fonte extraterrestre, mas não descarta que possam vir a surgir elementos no sentido contrário. “Está em nosso DNA explorar e perguntar por que as coisas são como são. (…) E há muito mais para aprendermos”, disse Bill Nelson, diretor da NASA.

O QUE DIZ O RELATÓRIO

Em resumo, os principais pontos abordados no documento afirmam que a NASA pode contribuir nos estudos sobre os chamados Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs) com base em evidências e dados. No entanto, a falta de dados confiáveis é um dos principais desafios enfrentados pela agência na compreensão da origem desses objetos. Por isso, a agência enfatiza a necessidade de promover a transparência e melhorar a coleta de dados por meio de imagens de satélites, inteligência artificial e crowdsourcing (processo coletivo). Além disso, a NASA considera os UAPs como um tema de interesse para a segurança nacional e a segurança aérea dos Estados Unidos. Um dos temores do governo americano é que esses objetos sejam, na verdade, de algum rival militar.

O relatório também esclarece que, hoje em dia, não há evidências de que os UAPs tenham origem extraterrestre. A agência estabeleceu um banco de dados robusto para avaliar futuros fenômenos. Ao longo do documento, a transparência, a análise rigorosa e envolvimento público são enfatizados como fundamentais para o estudo desses fenômenos.

MÚMIAS NO MÉXICO

Às vésperas da apresentação do relatório pela NASA, um congresso no México exibiu múmias de supostos ETs, onde duas supostas múmias extraterrestres foram apresentadas dentro de um sarcófago em uma Audiência Pública no Congresso do México no dia 12 de setembro. O evento ocorreu dois dias antes da publicação do relatório pela NASA.

Suposto corpo de extraterrestre foi apresentado em sessão no Congresso Mexicano — Foto: Divulgação/Congresso Mexicano

Jaime Maussan, jornalista especializado em Ufologia disse: “esses seres não são humanos e não fazem parte da nossa evolução terrestre”, durante a audiência organizada pelo deputado Sergio Gutiérrez. Segundo Maussan, as múmias têm cerca de mil anos, citando as análises feitas com carbono 14 pela Universidade Autônoma do México (UNAM). Segundo o Instituto de Física do estabelecimento, as análises apenas determinaram a idade dos seres. Em um comunicado, o laboratório da Universidade afirma que não se responsabilizará pelo uso, interpretação ou falsa declaração a respeito dos resultados publicados.

QUAIS INFORMAÇÕES ESPERAR EM UM FUTURO PRÓXIMO?

Quais quer uma das informações apresentadas requer um estudo longo e trabalhoso, o que dificulta o entendimento rápido de análise e investigação dos fatos. Desta forma, aguardar informações futuras foi um critério a ser adotado, pois mesmo após algum tempo ainda não temos as respostas adequadas para estas afirmações. A NASA obrigou-se trazer um relatório para tentar satisfazer as respostas desejadas, enquanto que David Grusch falava sobre a situação em um tribunal, onde ele não poderia mentir a respeito, e afirmou fatos importantes a respeito. Ainda para complicar as coisas, em um congresso são apresentados duas múmias de supostos ETs, que muitos acreditam ser reais enquanto outros dizem ser múmias terrestre ou peças arqueológicas. A confusão de informações causadas nestas situações chegam a contradizer estudos realizados por grandes períodos de tempos, onde somente o futuro irá dizer quem estava certo.

E NO BRASIL, TEMOS NOVIDADES?

A resposta é sim. Recentemente participei de uma comissão onde tratamos as diretrizes e obrigações do ufólogo dentro da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, e no último dia 24, o Diretor da Academia Latino Americana de Ufologia Científica (LAASU), Dr, Júlio C. Acosta Navarro, foi convidado e estendeu o convite aos demais membros da comissão para uma audiência em Brasília no MTE, convocada pelo Deputado Nilto Tatto, no que se refere ao processo de inclusão de “Ufólogo” como Ocupação na CBO. Navarro, considera se tratar de um momento único não somente para a Ufologia Brasileira como também para a Ufologia Mundial.

Ministro Luiz Marinho e deputado Nilto Tatto e demais convidados

No evento foi entregue para os ufólogos o Ofício de aprovação para reconhecimento de Ufólogo como ocupação e para ser cadastrada na CBO.

Desta forma, o Brasil reconhece o ufólogo como Profissão, criando a oportunidade para sustentar a importância e atualidade do assunto a nível mundial, tomando iniciativa internacional.

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