A Prefeitura de Ponta Grossa, através das Secretarias da Fazenda, Saúde e do Meio Ambiente, participaram nesta quinta-feira (1º) da operação AIFU – Ação Integrada de Fiscalização Urbana. A ação reuniu órgãos de segurança, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil Municipal e Corpo de Bombeiros e de fiscalização, como Vigilância Sanitária, Secretaria de Meio Ambiente e Setor de Alvarás da prefeitura.
A operação visou principalmente o combate à receptação de produtos oriundos de furtos, como fios elétricos, cobre e materiais em metal. Esse tipo de material tem sido alvo de quadrilhas, que por muitas vezes furtam unidades de saúde, escolas, CMEIs e outros órgãos públicos, causando prejuízo coletivo à população.
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Durante a ação foram fiscalizados estabelecimentos que atuam no comércio de ferro velho e sucatas. O saldo da operação teve como resultado 6 estabelecimentos fiscalizados e 27 pessoas abordadas. Um homem de 39 anos foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil. No estabelecimento dele foi encontrado um revólver, 15 munições, uma réplica de um revólver, 21 quilos de fio de alumínio e R$ 5,5 mil em espécie.
Os constantes furtos ocorridos em Ponta Grossa geram um grande prejuízo aos cofres públicos. De acordo com o secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski, somente em 2022 o município gastou mais de R$ 300 mil reais para a reposição de material furtado em órgãos públicos. “Esse dinheiro usado para repor esses materiais furtados poderia ser aplicado em outras ações do governo, como por exemplo, oferecer vale mercado do programa PG + Humana a 1.700 famílias”, afirmou.
A área da Educação é uma das mais prejudicadas com essa onda de furtos que vem ocorrendo. Segundo a diretora administrativa da Secretaria Municipal de Educação, Carmen Sari, os furtos de fiação e a compra ilegal são um problema que afeta a toda a sociedade. “Quando esse tipo de furto ocorre nas escolas ou CMEIs, geram não apenas um prejuízo financeiro, que é calculado, mas também um prejuízo no aprendizado e no emocional nas crianças e nas famílias, que é algo difícil de calcular. Além disso, é um grande transtorno para as famílias se reorganizarem, pois precisam muito das escolas no seu dia a dia”, disse.
As Unidades de Saúde também têm sido alvos constantes dos bandidos. Segundo a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Juliane Dorosxi, as ações criminosas impactam de diferentes formas no atendimento da comunidade. “Nós temos buscado empreender ações no intuito de inibir esse tipo de crime, como, por exemplo, o reforço das estruturas e a aquisição de sistemas de monitoramento, pois o furto de fios e de equipamentos, por exemplo, acarreta uma série de prejuízos para a comunidade, que pode acabar ficando sem atendimento, além de perder medicamentos e vacinas”, comenta.
A fiscalização de alvarás em estabelecimentos comerciais em geral ocorre diariamente, conforme destaca a diretora do departamento de Receita da prefeitura, Eliane Oliveira, afirmando ainda que a população pode fazer denúncias através do telefone 156. “Todas as denúncias são verificadas pelo setor de alvarás, mas o objetivo não é punir, nem multar ninguém, mas sim regularizar e orientar os empresários pra que eles estejam sempre com o alvará atualizado e a documentação em dia”, explica Eliane.
Ainda sobre a operação, a secretária municipal de Cidadania e Segurança Pública, Tânia Sviercoski, destaca a importância de ações como a AIFU e a contribuição da comunidade no sentido de identificar atividades suspeitas. “Nossas equipes da Guarda Civil Municipal trabalham de forma constante na segurança dos espaços públicos através da realização de patrulhamentos direcionados e da verificação de situações suspeitas encaminhadas pela comunidade, que tem papel essencial na identificação e no combate a ações criminosas envolvendo o furto e receptação de fios de cobre, equipamentos, entre outros”, afirmou. “Todo esse trabalho, aliado a iniciativas como as Operações AIFU contribuem para o reforço da segurança da cidade, além de fortalecer a integração entre as instituições e departamentos envolvidos”, aponta a secretária.
A operação AIFU teve a participação também da Copel e de operadoras de telefonia celular, que frequentemente têm prejuízos com o furto de cabos em Ponta Grossa. Em breve novas operações serão realizadas em Ponta Grossa.
