O Paraná reafirmou sua vocação como um dos maiores celeiros de alimentos do planeta em 2024. De janeiro a dezembro, o Estado exportou US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O destaque no comércio exterior paranaense vai para a China, que sozinha respondeu por US$ 5,4 bilhões em importações de produtos alimentícios e bebidas — o equivalente a 37,9% de toda a pauta exportadora do setor. Irã, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul, Holanda e Indonésia completam a lista dos principais destinos dos produtos paranaenses.
A variedade e o volume das exportações refletem a força do agronegócio e da indústria de transformação alimentar do Estado. Os principais produtos exportados foram soja em grão (US$ 5,3 bilhões), carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).
Presença global e crescimento consistente
Ao todo, 40 países compraram mais de US$ 69 milhões em alimentos do Paraná em 2024 — número bem superior aos 22 países que importaram acima de US$ 50 milhões em 2019. O avanço é fruto direto da política adotada nos últimos anos pelo governo estadual, liderado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que tem como um dos principais focos consolidar o Paraná como fornecedor estratégico de alimentos para os mercados internacionais.
“Esses resultados mostram o protagonismo do Paraná na segurança alimentar global. A qualidade dos nossos produtos e o avanço das cadeias produtivas elevam o Estado a um novo patamar no comércio exterior”, destacou o governador.
O Estado também reforçou sua presença na União Europeia, com destaque para França, Alemanha, Turquia, Reino Unido, Espanha e Eslovênia. Nos Estados Unidos, as exportações paranaenses de alimentos e bebidas somaram US$ 117 milhões em 2024. Na América do Sul, Chile, Uruguai e Peru se destacam como compradores expressivos.
Produção recorde e liderança nacional
Esse desempenho expressivo nas exportações é impulsionado por uma produção interna robusta e em crescimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná liderou o crescimento nacional na produção de frangos e suínos em 2024. O Estado abateu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil suínos a mais que em 2023, consolidando sua posição como o maior produtor avícola do País, com 34,2% da produção nacional.
O abate de frangos no Estado bateu recorde, com 2,2 bilhões de aves em 2024 — superando os 2,15 bilhões registrados no ano anterior. Na suinocultura, o Paraná se manteve como o segundo maior produtor nacional, com crescimento de 2,32% e total de 12,4 milhões de suínos abatidos.
A produção de ovos também registrou crescimento, com mais de 202 milhões de dúzias produzidas em 2024, contra 191 milhões em 2023. Já na cultura do feijão, o Estado deu um salto histórico nas exportações: de 277 toneladas em 1997 para 71 mil toneladas em 2024 — número cinco vezes maior do que o registrado em 2023.
Paraná: referência mundial em segurança alimentar
Com um portfólio diversificado, alta produtividade e mercados consolidados nos cinco continentes, o Paraná se consolida como referência mundial em segurança alimentar. A tendência é de crescimento contínuo, com novos mercados sendo abertos e parcerias internacionais sendo ampliadas, posicionando o Estado como peça-chave na cadeia global de abastecimento de alimentos.
“O mundo precisa de alimentos de qualidade, com rastreabilidade, segurança sanitária e responsabilidade ambiental. O Paraná está pronto para atender essa demanda e expandir ainda mais suas fronteiras comerciais”, concluiu o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.