O programa ‘Campo Limpo’, que traz para escolas de Ponta Grossa a proposta pedagógica de discutir temas de relevância ambiental em parceria com a iniciativa privada, entra em sua sétima edição em 2023, ampliando o número de unidades participantes. O programa passa de 13 para 19 escolas, onde estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental debaterão o uso racional e a gestão de resíduos.
A edição 2023 foi lançada nesta terça (09), em evento na Escola Municipal Zilá Bernadete Bach, no Jardim Dom Bosco, com a presença dos alunos, equipe gestora, professores e organizadores do programa. O Campo Limpo é proposto pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) e coordenado pela Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários dos Campos Gerais (ASSOCAMPOS). Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o programa oferece materiais didáticos físicos e online, incluindo cadernos, cartazes e jogos para os alunos. Ao longo do ano serão realizados concursos de desenho e redação, com premiações para os estudantes.
Leia também: Governo investe quase R$ 4 bilhões para vagas em escolas de tempo integral
Luiz Fernando Marion, coordenador no Inpev, destaca que o programa envolve a perspectiva dos 6 Rs da sustentabilidade: Reduzir, Reusar, Reciclar, Recuperar, Repensar e Respeitar.
“Nosso programa visa sempre trabalhar a política nacional de resíduos sólidos, estimulando no aluno e em sua família um pensamento consciente no que envolve a destinação correta dos resíduos sólidos. Neste ano trabalharemos o conceito de ecoeficiência, estimulando os alunos a refletirem sobre como é uma casa ecoeficiente, com um material estruturado para isso com os 6 Rs, demonstrando práticas sustentáveis dentro de casa e na comunidade”.
Andreia Aparecida de Oliveira, educadora ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e coordenadora de Educação Ambiental da SME, entende que o projeto completa um ciclo importante.
“A parceria nos trabalhos de educação ambiental das empresas possui grande importância junto às escolas, porque eles ajudam a fechar um ciclo. Então você tem uma empresa, que tem uma legislação a cumprir, com a questão da logística reversa para fazer. E quando a gente envolve o aluno, trabalhando desde pequeno essa questão, fechamos um ciclo, no sentido que a empresa dá importância para as questões ambientais, o aluno futuramente poderá trabalhar e já sabe as boas práticas que ele tem que ter e, principalmente, cumpre-se a legislação como um todo, com relação à destinação correta desses resíduos”, analisa.
Trabalho pedagógico
Conforme a professora Aparecida Castanho, coordenadora do programa na SME, o trabalho tem a perspectiva de uma responsabilidade compartilhada. “Do ponto de vista pedagógico, o programa permite que a gente trabalhe o tema transversal meio ambiente, de maneira que ele esteja permeando os diferentes componentes curriculares, com uma abordagem interdisciplinar. Mas, acima de tudo, a mudança de postura, o cuidado, o despertar da consciência em relação às questões ambientais”, observa.
A diretora da escola Zilá, Leni Aparecida Macedo Pedroso, comentou que os alunos estão empolgados com a atividade. “É com as pequenas ações que teremos um planeta mais contente. As crianças estão bem felizes e vão participar com os desenhos e com os textos. São as ações do dia que vão fazer a diferença”, acredita Leni.