Nos CMEIs e Escolas municipais de Ponta Grossa, as abelhas estão saindo das páginas dos materiais didáticos para ganhar vida nos meliponários do programa ‘Jardins de Mel’, incentivado pela Prefeitura.
A iniciativa, que está dentro do programa Sinapses Criativas, da Secretaria Municipal de Educação, consiste na instalação de colmeias de abelhas nativas brasileiras sem ferrão, que contribuem para a polinização local e também para a formação das crianças para o meio ambiente e a sustentabilidade.
Nesta semana foi a vez do CMEI Leopoldo Lopes Sobrinho, no Parque Tarobá, receber duas colmeias da espécie Mandaçaia e lançar o projeto ‘Leopoldinhas sem ferrão: preservando nossas polinizadoras’. As caixas foram instaladas com destaque para que possam fazer companhia no dia a dia dos 85 estudantes da creche e pré-escola e de seus familiares.
O projeto visa aprimorar nos alunos os conceitos de preservação ambiental, cuidados com a natureza e responsabilidade sobre as questões ecológicas. “A partir de agora, os alunos poderão observar a atividade da colmeia e saborear o seu mel, além de participar do plantio de flores e árvores e estudar sobre o tema durante as aulas, sempre conectando conhecimentos e vivências para um melhor aprendizado”, analisa a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves.
A diretora da unidade, Lucimara Stafin, conta que as abelhinhas já voavam pelo CMEI e que a ideia encontrou-se com a proposta de revitalizar o espaço. “Elas já chamavam a atenção por aqui e o jardim veio para fazer parte da revitalização do CMEI. Além disso, somou com toda a aprendizagem e a necessidade de falarmos sobre a sustentabilidade e os cuidados com a natureza”, conta Lucimara.
Com os insetos sem ferrão, inofensivos, rodeando livremente pelas escolas, as crianças aprenderão a respeitar seu espaço e a contar com as abelhas para o seu relevante trabalho na natureza, analisa a prefeita Elizabeth Schmidt.
“Percebemos que a sustentabilidade já está integrada ao pensamento de nossas escolas e está na ação de nossos professores. As crianças estão sendo sensibilizadas e, assim, iremos demonstrar aos adultos a necessidade de proteger e cuidar do meio ambiente. Junto com isso se encaixam todas as nossas ações na área, desde a indústria de reciclagem até as ações do dia e os programas como o Feira Verde, a construção do segundo lago de Olarias e a conscientização sobre a limpeza de nosso meio ambiente, especialmente em nossos arroios”, observa a prefeita.
Eliana Gonçalves Moreira, mãe da aluna Emanuele Vitória, do infantil III, disse que a família está admirada com o trabalho. “Foi um projeto espetacular que o CMEI desenvolveu junto com a Prefeitura, onde as crianças estão aprendendo cada vez mais sobre uma cultura que muitas vezes é esquecida. Nós pais não sabíamos o tanto que eles já aprenderam e passaram de conhecimento para nós. Está sendo muito bem aproveitado”, disse a mãe.
“A importância de começar com as crianças é que elas estão começando a dar seus primeiros passos na preservação ambiental. Elas vão também conscientizando os adultos no que diz respeito aos resíduos, mostrando que não se pode contaminar os rios, evitando o acúmulo de lixo nos arroios e preservando o nosso bem maior, que é a água”, considera o secretário de Meio Ambiente, André Pitela.
Leia também: Evento reúne agentes culturais em Palmeira para discutir Lei Paulo Gustavo