Na manhã desta quarta-feira (24), o Portal BnT Online recebeu o vice-presidente da ACIPG, Leonardo Puppi Bernadi, para falar sobre o andamento do estudo de viabilidade para instalação de um Porto Seco em Ponta Grossa. O projeto é um dos pontos estratégicos do Masterplan de Desenvolvimento coordenado pela entidade e tem mobilizado empresas, órgãos públicos e a sociedade civil organizada.
“Bom, pela quarta vez, né, Marquinho, Ponta Grossa e sua sociedade civil organizada sim se movimenta no intuito de conseguirmos um Porto Seguro”, afirmou Bernadi, lembrando que a primeira tentativa foi feita em 2001.
Avanços junto à Receita Federal
Leonardo relatou que na semana passada a equipe apresentou o estudo à Delegacia da Receita Federal de Ponta Grossa e, em seguida, à Superintendência da 9ª Região em Curitiba.
“Foi muito melhor do que todas as outras tentativas que tínhamos tido. Eu participei em 2021 de uma tentativa que foi indeferida, infelizmente, mas nesse momento a gente tem a percepção clara que a economia regional diversificou, aumentou, melhorou… e a própria receptividade tanto do delegado Dr. Remi de Ponta Grossa como do Dr. Fábio, superintendente da nona região Curitiba, foi muito mais técnica, sabe?”
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Segundo Bernadi, os números mais recentes do valor agregado fiscal das empresas mostram que Ponta Grossa se tornou polo industrial estratégico, atraindo investimentos e justificando a implantação do Porto Seco.
O que é o Porto Seco e por que ele é estratégico
Para o público que acompanha o BnT News, Leonardo explicou de forma simples a diferença entre um porto tradicional e um porto seco:
“Então, quando você, o que que é um porto seco? É uma retroárea dessas regiões portuárias, afastadas do porto, por isso chama seco, né? Longe do mar. É onde você consegue um armazenamento mais econômico… e com isso as empresas ficam menos dependentes da infraestrutura rodoviária, ferroviária, até o porto.”
Além de baratear custos logísticos, o Porto Seco traz benefícios tributários:
“Existe também uma questão tributária que você pode pagar o imposto de importação apenas quando você tira do Porto Seguro… Isso gera empregos em Ponta Grossa, ela qualifica a mão de obra de todo o operador logístico.”
Economia local e geração de empregos
Bernadi destacou que a instalação do Porto Seco representaria redução de custos de até 5% para algumas indústrias da região, o que pode significar toda a margem líquida de lucro de uma operação.
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“5% para indústria é a margem líquida, às vezes é o lucro”, disse.
O vice-presidente da ACIPG lembrou que três empresas já manifestaram interesse em participar do futuro edital para operar o Porto Seco. Caso a Receita Federal defira o pedido, o leilão pode ocorrer já em 2026, com previsão de início de operação em 2027.
Próximos passos e mensagem final
O ofício solicitando a abertura do processo já foi assinado pela prefeita Elizabeth Schmidt, representando a cidade. O estudo foi patrocinado pela ACIPG com apoio do Sebrae, Fiep e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa.
“Então, estamos confiantes, né?”, concluiu Leonardo Bernadi, reforçando que o projeto pode impactar diretamente a economia de 60 municípios atendidos pela delegacia da Receita Federal de Ponta Grossa, abrangendo até regiões do Norte Pioneiro e parte de Santa Catarina.



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