Chega ao fim nesta terça-feira, 12, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023. A COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, reuniu líderes do mundo todo entre os dias 30 de novembro a 12 de dezembro. O deputado federal Aliel Machado (PV-PR), relator na Câmara dos Deputados do PL do Mercado de Carbono, foi um dos representantes do Brasil no evento. O país foi o que teve a maior delegação na COP28, com 1337 inscritos.
Como representante brasileiro, o parlamentar ponta-grossense participou de diversos painéis, debates e entrevistas para a imprensa do Brasil e do exterior. Um dos temas mais debatidos na Conferência, o mercado de crédito de carbono atraiu atenções do mundo todo. Em fala aos empresários durante o painel Diálogo Empresarial para uma economia de baixo carbono, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), destacou a importância do projeto relatado pelo deputado.
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Segundo Lira, o projeto não pode ser votado com pressa. Por isso, de acordo com ele, “o relator da proposta, deputado Aliel Machado, terá o tempo que precisar para entregar o texto”, destacou.
“Tenho muito orgulho em estar representando o país nesse debate, e por ser o responsável por preparar um texto que deverá ser apreciado no Congresso Nacional. Durante esse período em que estivemos na COP28, nos reunimos com diversas lideranças, com o embaixador André Correa, que é o responsável pela delegação brasileira e está à frente das negociações na COP. O objetivo principal das nossas reuniões é debater o nosso relatório do projeto do Crédito de Carbono. Sabemos da importância do tema, porque o mundo precisa reduzir as suas emissões de carbono. Nós estamos vendo a tragédia ambiental que está afetando milhões de pessoas pelo mundo”, alertou ele.
O mercado de carbono diz respeito à diminuição das emissões de gás carbônico na atmosfera, que terão parâmetros obrigatórios de redução para as empresas e outros setores no mercado regulado nos próximos anos. Caso elas diminuam mais que o obrigatório, elas terão uma cota para poder transacionar no mercado. Já o mercado voluntário tem um ativo muito grande, principalmente com as nossas florestas. “É uma oportunidade que teremos, além do impacto positivo na economia, de valorizarmos as nossas comunidades, aqueles que mantiveram a floresta de pé. Por isso vamos incentivar para que a árvore tenha maior valor de pé do que derrubada”, revelou o deputado.
Durante o período em que representou o Brasil na COP28, o parlamentar participou de painéis (inclusive no Pavilhão Brasil) e se reuniu com empresários, ativistas, representantes do meio ambiente, representantes de universidades, políticos e imprensa. O projeto relatado pelo parlamentar ponta-grossense deve ser votado na próxima semana.