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COP-30: oportunidade do Brasil para transformar a diplomacia climática

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O Brasil sediará a COP-30 em 2025, focando em ação climática e justiça social, destacando a importância dos povos indígenas na Amazônia.

O Brasil se prepara para um papel de destaque na diplomacia climática global ao sediar a COP-30 em 2025, uma ocasião que pode marcar o início de uma nova fase de confiança nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas. A realização deste evento no país representa uma chance valiosa para redirecionar o foco da comunidade global em direção à ação climática efetiva e concreta.

As Conferências das Partes (COPs) da ONU têm demonstrado, ano após ano, um fenômeno intrigante. De um lado, atraem um número crescente de participantes provenientes de diversos setores da sociedade civil; por outro, enfrentam críticas pela ineficácia na implementação de decisões que poderiam mitigar as mudanças climáticas. O Acordo de Paris, estabelecido em 2015, ainda não alcançou seu principal objetivo: limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC até o final do século. Na realidade, este limite já foi ultrapassado, e se as promessas climáticas não forem ampliadas, o mundo poderá enfrentar um aquecimento superior a 2,7ºC.

A morosidade nas decisões consensuais durante as COPs é evidente. Mesmo com a pressão crescente das evidências científicas, foi preciso aguardar 28 edições para que se produzisse um documento que abordasse de maneira clara a urgência da transição dos combustíveis fósseis. Essa discussão só ganhou força na COP-28, realizada em Dubai em 2023. Contudo, a próxima conferência, COP-29, que ocorrerá em Baku, Azerbaijão — uma nação com forte dependência econômica do petróleo — não trouxe avanços significativos neste sentido.

Outro aspecto crucial que será discutido na COP-30 é a justiça climática. Esta será a primeira vez que a conferência acontece na Amazônia e terá como foco principal as vozes dos povos da floresta. Com 51% da população indígena do Brasil vivendo na Amazônia, a expectativa é de que haja uma representação recorde desses grupos. A “troika indígena”, formada por lideranças dos povos originários do Brasil, Austrália e Ilhas do Pacífico, busca garantir sua participação ativa na organização e co-presidência do evento, além de reivindicar o reconhecimento do papel vital dos povos indígenas na preservação ambiental.

Com quase 60% da Amazônia sob sua jurisdição e outros biomas relevantes, o Brasil tem uma oportunidade ímpar para liderar iniciativas inovadoras que unam questões climáticas, biodiversidade e saberes tradicionais. Essa conferência pode ser um marco para estabelecer soluções que inspirem ações globais e reforcem o compromisso do país com um futuro sustentável.

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