Recentemente, o dólar alcançou um novo patamar histórico, sendo cotado a R$ 6,0713. Este aumento de 1% em relação ao real foi registrado nesta sexta-feira, dia 6. Com isso, a moeda norte-americana superou o recorde anterior de R$ 6,06, alcançado na última segunda-feira, dia 2.
A Alta do Dólar em Números
Na semana, a moeda acumulou uma valorização de 1,18% e, desde o início de 2024, já apresenta uma alta superior a 25%. Essa valorização do dólar reflete uma série de fatores econômicos em jogo tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Fatores que Influenciam a Valorização
Os investidores estão atentos a novos dados de emprego dos Estados Unidos, que impactam diretamente as decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. O relatório de payroll mostrou que foram abertas 227 mil vagas de trabalho no mês passado, superando as expectativas dos economistas, indicando que a economia norte-americana está se recuperando, o que pode levar o Fed a ajustar suas políticas de juros. Para entender mais sobre a geração de emprego, veja como o crescimento do emprego tem afetado diferentes segmentos.
Acordo Mercosul-União Europeia
Outro fator que influenciou a alta do dólar foi a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, após 25 anos de negociações. Este acordo foi anunciado durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada em Montevidéu, Uruguai. O novo Acordo de Associação busca fortalecer as relações comerciais entre os países do Mercosul e da União Europeia, facilitando o comércio de bens e serviços. Para detalhes sobre o impacto desse acordo, confira a cobertura sobre o acordo comercial.
Expectativas do Mercado
O aumento do dólar também é acompanhado de perto pelo cenário fiscal brasileiro. Os investidores monitoram as discussões sobre um novo pacote fiscal e a liberação de emendas parlamentares, que podem acelerar a tramitação de propostas nas próximas semanas. Além disso, o mercado aguarda a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, prevista para a próxima semana, com expectativas de que o Copom possa aumentar a taxa Selic.
Revisão e Tradução do Acordo
É importante ressaltar que, mesmo com o anúncio do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, a assinatura oficial ocorrerá após uma revisão jurídica dos textos e sua tradução para os idiomas oficiais dos países envolvidos. Isso significa que, embora as negociações tenham terminado, ainda há etapas a serem cumpridas antes que o acordo entre em vigor.
Reações ao Acordo
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que o acordo com o Mercosul representa uma vitória para a Europa. Apesar de um entendimento inicial ter sido firmado há cinco anos, a implementação do acordo enfrentou obstáculos devido a pressões de alguns países da União Europeia, especialmente a França, que se opõem à abertura de mercado que poderia beneficiar os concorrentes do Mercosul.
Cenário Internacional
No cenário internacional, os dados de emprego dos Estados Unidos continuam a ser um foco de atenção. O Departamento de Comércio dos EUA informou que a criação de empregos fora do setor agrícola acelerou em novembro, após um período de dificuldades devido a desastres naturais e greves. A taxa de desemprego subiu para 4,2%, após dois meses consecutivos em 4,1%. Além disso, a média de ganhos por hora teve um aumento de 0,4%, um sinal positivo para a economia.
Resumo dos Principais Fatos
- O dólar atingiu R$ 6,0713, um novo recorde.
- A moeda apresentou uma alta de 1,18% na semana e mais de 25% em 2024.
- Dados de emprego dos EUA indicam crescimento com 227 mil novas vagas.
- O acordo Mercosul-União Europeia foi finalizado após 25 anos de negociações. Para mais informações, veja a análise do acordo Mercosul-União Europeia.
- O cenário fiscal brasileiro está sendo monitorado com expectativa de aumento na taxa Selic.