Por meio de nota, o Círculo de Cooperação da Iniciativa das Religiões Unidas de Ponta Grossa (URI) repudia veementemente o ato de violência sexual cometido por uma pessoa que se autodenominava ‘Pai de Santo’ na cidade. O caso veio à tona nesta quinta-feira (26) e está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR).
O crime foi cometido contra uma jovem de 18 anos na região do Cará-Cará. O ‘Pai de Santo’ disse a vítima que ela teria sido alvo de feitiços. “Esse crime não reflete as práticas ou valores das religiões, que jamais justificam abusos ou contato físico em rituais”, diz a nota.
Leia mais: Homem morto em confronto com a PM era suspeito de roubo em Ponta Grossa
A entidade completa: “aproveitar-se da fé e da confiança alheia para cometer violência é um ato inadmissível. Estamos solidários às religiões de matriz africana, que são tradições espirituais profundas, baseadas no respeito à vida, à dignidade e à integridade de cada indivíduo.
Essas religiões, longe de qualquer prática abusiva, promovem a cura, a proteção espiritual e o fortalecimento da comunidade. Infelizmente, casos como este, em que criminosos distorcem esses princípios para justificar atos de violência, são uma afronta não só às vítimas, mas também a essas tradições.
Nos posicionamos firmemente contra qualquer tentativa de usar a espiritualidade como desculpa para abusos, reforçando que tais práticas são absolutamente incompatíveis com os ensinamentos de quaisquer religiões. Defendemos o respeito e a proteção de todas as formas de expressão religiosa legítima, e reiteramos que crimes devem ser punidos com o rigor da lei, sem que se permita a violação da confiança sagrada que as religiões representam”, finaliza a nota.