O Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, lançou, nesta segunda-feira, um alerta laranja de perigo para 12 estados brasileiros e o Distrito Federal devido à baixa umidade relativa do ar. Por causa do tempo seco, do calor e da fumaça de incêndios florestais, a situação de São Paulo é ainda mais grave.
A qualidade do ar em áreas da capital paulista e da região metropolitana, classificada entre ruim e muito ruim, na manhã desta segunda-feira, levou a metrópole a ser considerada a metrópole com a pior qualidade de ar no mundo, segundo informações do site da empresa suíça IQAir, especializada em tecnologia da qualidade do ar.
De acordo com o Inmet, além do DF, o alerta de umidade entre 20% a 12% vale para os estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Maranhão.
Quem vive aqui na capital paulista, já deve ter percebido que uma névoa seca paira na cidade há alguns dias. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo indicavam, às 16h desta segunda-feira, qualidade do ar muito ruim aqui pertinho dos estúdios da Rádio Nacional, na marginal Tietê, altura da ponte dos Remédios, e na região central, no Parque Dom Pedro.
Há mais de vinte anos estudando as mudanças climáticas de São Paulo, o meteorologista Michel Pantera, do Centro de Gerenciamento de Emergências, explica que o que essa névoa seca é composta principalmente por fuligem, poeira e poluição que piora a qualidade do ar e prevê que melhora somente quando chegar a estação das chuvas.
O meteorologista aconselha redobrar alguns cuidados, como beber muita água e evitar exercícios físicos ao ar livre, para diminuir desconfortos respiratórios causados pela baixa umidade e poluição.
Pneumologista há cinquenta anos na cidade de São Paulo, o médico Edmir Félix também reforça as orientações para quem a qualidade do ar muito ruim pode trazer transtornos à saúde. Ele aconselha que que é preciso usar umidificador, evitar andar na rua e beber água frequentemente.
Para os próximos dias, temperaturas altas e umidade baixa do ar permanecem na maioria das regiões do território paulista. Quase todo o estado, com exceção do litoral, está em emergência para risco de incêndio, nível máximo de perigo apontado pela Defesa Civil, até o próximo sábado (14).
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