A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue em declínio, conforme apontado pelo levantamento da Quaest, divulgado nesta quarta-feira (26). A pesquisa revela que o governo enfrenta rejeição majoritária em oito estados, com destaque para regiões economicamente relevantes como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Segundo os dados, a desaprovação do governo atinge 70% em Goiás, 69% em São Paulo, 68% no Paraná, 66% no Rio Grande do Sul, 64% no Rio de Janeiro e 63% em Minas Gerais. Até mesmo na Bahia e em Pernambuco, estados tradicionalmente alinhados à base governista, a aprovação caiu de forma significativa: na Bahia, passou de 66% para 47%, enquanto em Pernambuco caiu de 65% para 49% em relação a dezembro de 2024.
O cenário preocupa o mercado financeiro, que observa o governo adotando medidas consideradas populistas para conter a queda na popularidade. Entre as iniciativas recentes, Lula anunciou o pagamento de R$ 1.000 para jovens do programa “Pé de Meia”, a gratuidade integral para todos os medicamentos do programa Farmácia Popular e a ampliação do Auxílio Gás — medida que ainda não possui previsão orçamentária definida.
Além dessas ações, o governo federal pretende liberar o saque do FGTS para trabalhadores demitidos que aderiram à modalidade de saque-aniversário e facilitar o acesso ao crédito consignado no setor privado. Tais iniciativas podem ter impacto direto na economia, com analistas alertando para uma possível pressão inflacionária e necessidade de manutenção dos juros em patamares elevados por um período prolongado.
Com a eleição presidencial se aproximando, a queda na popularidade de Lula também pode influenciar os rumos políticos das capitais e grandes cidades, desafiando aliados do governo a reverter a tendência de desaprovação crescente. A estratégia do Planalto será determinante para medir os efeitos dessas medidas sobre a opinião pública e a economia nos próximos meses.
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