Policial

Motoboy que matou empresário com golpes de capacete está sendo julgado agora

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BNT
O assistente de acusação defende que a pena aplicada ao réu seja severa, possivelmente entre 12 e 30 anos, destacando ainda que buscará uma sentença mais rigorosa

Está em andamento na manhã desta quinta-feira (13) o julgamento do motoboy denunciado por homicídio qualificado que vitimou o empresário Isaias Azambuja, 58 anos. O crime ocorreu na noite de primeiro de dezembro de 2023 na Avenida Visconde de Mauá.

A vítima estava acompanhado de sua esposa atravessando a via pela travessia elevada, quando o motoboy, de prenome Lucas, desrespeitou a sinalização. Isso levou o empresário a chamar a atenção do piloto, que manobrou para regressar ao local. Surgiu então uma discussão, que degenerou para vias de fato.

Lucas, usando seu capacete, desferiu vários golpes contra Isaias Azambuja, causando-lhe os ferimentos que resultaram na morte do empresáro

A defesa de Lucas, patrocinada pelo advogado Helian Koloski,  argumenta que ele agiu em legítima defesa, uma tese que o assistente da promotoria,  Renato Tauille,  considera “completamente fantasiosa”. Ele enfatizou que “essa tese da defesa de desclassificação é completamente fantasiosa e não encontra respaldo nas provas”. O auxiliar da acusação,  juntamente com o Ministério Público,  busca a condenação de Lucas pelo crime de homicídio qualificado, com uma pena que pode variar de 12 a 30 anos, dependendo da gravidade das circunstâncias do crime.

DEFESA

Durante entrevista, o advogado de defesa, Helian, ressaltou que as expectativas são de que as provas periciais e os depoimentos das testemunhas comprovem que Lucas não tinha intenção homicida. “Ele nunca saiu de casa com a intenção de matar e sequer conhecia Isaías. Houve uma discussão de trânsito que infelizmente escalou para uma agressão física, resultando em lesões fatais”, explicou Elia.

Lucas permanece preso preventivamente há mais de um ano, desde que se apresentou espontaneamente à delegacia, um dia após o incidente. A defesa enfatiza que a prisão preventiva não reflete impunidade, mas uma medida necessária no processo judicial. “Nossa intenção é que ele seja condenado dentro dos limites previstos pela lei, refletindo exatamente os atos cometidos”, afirmou o advogado.

ACUSAÇÃO

Durante intervalo Do julgamento,  o assistente de acusação destacou a gravidade e a brutalidade do crime que chocou a comunidade local. O réu responde por homicídio qualificado por motivo fútil após atacar Isaías com extrema violência, conforme demonstrado por imagens de câmeras de segurança e testemunhos apresentados na audiência.

 Renato Tauileressaltou que Lucas golpeou Isaías reiteradas vezes com um capacete, focando principalmente na região da cabeça da vítima, uma área vital. “Pelas câmeras e pelos depoimentos testemunhais, ele desferiu ao menos seis golpes de capacete na cabeça do Sr. Isaías”, frisou.

As imagens ainda mostram que Isaías tentou escapar da violência buscando refúgio dentro de um restaurante, mas Lucas impediu essa tentativa de fuga, iniciando imediatamente as agressões. “É nítido pelas câmeras que o Sr. Isaías tenta sair e entrar no restaurante, e ele não permite, dando início à agressão”, explicou o promotor durante a audiência.

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Ainda segundo o relato do advogado, mesmo com Isaías caído ao chão em duas ocasiões, Lucas persistiu na violência até que a vítima não esboçasse mais reação. “Ele só parou quando viu que já havia matado o Sr. Isaías, que já não reagia”, destacou.

A tese de legítima defesa apresentada pelos advogados de Lucas foi duramente criticada pelo assistente de acusação, que a classificou como “completamente fantasiosa” e sem respaldo nas provas do caso. “Lucas assumiu claramente o risco de matar o Sr. Isaías”, afirmou o promotor.

O assistente de acusação defende que a pena aplicada a Lucas seja severa, possivelmente entre 12 e 30 anos, destacando ainda que buscará uma sentença mais rigorosa devido à brutalidade, crueldade e forma consciente com que o crime foi cometido. “O que a assistência vai buscar aqui no plenário hoje é que ele receba uma pena ainda maior, pela brutalidade, pela crueldade e pela frieza que demonstrou na execução desse crime”, concluiu.

FAMILIA

A equipe do BNT NEWS entrevistou a filha da vítima, Camila,  que enfatizou que seu pai era  um trabalhador honesto e querido pela comunidade.  Camila expressou a dor e a esperança da família em um momento tão difícil. “Esperamos, no mínimo, que a justiça seja feita”, afirmou, com a voz embargada.

Camila afirmou que Isaias sempre se preocupou em fazer o bem para os outros, foi tragicamente ceifado de sua vida, deixando um vazio irreparável. Camila ressaltou a importância da responsabilização do acusado, Lucas, afirmando que “não só pela morte do meu pai, mas porque se a condenação não for feita, não vai demorar muito para que isso aconteça de novo”. A filha de Isaías enfatizou que a justiça não trará seu pai de volta, mas é essencial para que outras famílias não enfrentem a mesma dor.

CHEGADA DO RÉU AO FORUM

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