Ponta Grossa

Quinta-Feira Santa em Ponta Grossa relembra última ceia e lava-pés na Catedral Sant’Ana

Fotos: Arquivo Luana Nascimento/ Pascom Catedral Sant'Ana
A Missa do Lava Pés, desta quinta-feira; a Paixão de Cristo (sexta-feira) e a Vigília Pascal (sábado) são os três atos de uma mesma celebração; o Tríduo Pascal

Próximos da principal celebração do ano litúrgico e principal e mais antiga festa cristã, a Páscoa, os católicos são chamados a proclamar a certeza e a razão de toda a sua fé: a Ressurreição de Jesus.

Essa importante solenidade é precedida da Semana Santa, que recorda os últimos acontecimentos da vida do Senhor, desde a entrada triunfal em Jerusalém até Sua Ressurreição. E, nesta Quinta-Feira Santa, todas as igrejas do mundo celebram a instituição da Eucaristia na última ceia, quando Jesus partiu o pão e o deu aos Seus discípulos. Também é neste dia que se recorda o gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos. O bispo Dom Sergio Arthur Braschi conduzirá esses dois momentos, na Paróquia/Catedral Sant’Ana, amanhã (28), às 20h.

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A Missa do Lava Pés, desta quinta-feira; a Paixão de Cristo (sexta-feira) e a Vigília Pascal (sábado) são os três atos de uma mesma celebração; o Tríduo Pascal. “Celebrar o Tríduo Pascal é glorificar toda a história de nossa salvação. É viver intensamente a recordação de Jesus Cristo no meio de nós. Com Sua atitude de amor e serviço aos irmãos, Ele marca de maneira decisiva a história da Humanidade e inaugura uma nova forma de vivermos como irmãos”, ressalta padre Reginaldo Manzotti.

Na Catedral, este ano, 12 pessoas terão os pés lavados pelo bispo. A escolha está sempre interligada à temática da Campanha da Fraternidade e reunirá crianças, jovens, adultos e idosos. Todos participam da comunidade e também integram pastorais.

“Para representar o respeito às diferenças de cada pessoa, com suas particularidades e necessidades especiais. Teremos um autista também, que é catequizando e membro do nosso coral infanto-juvenil. Gente que simboliza cada fase da vida e os que têm características muito particulares. A Pastoral Social, em especial, está sendo representada, pelo seu papel missionário de acolher os que mais sofrem a exclusão em nossa sociedade, por serem desprovidos da dignidade básica, que impede, muitas vezes, o acesso aos direitos sociais como trabalho, saúde, programas governamentais”, justifica Fabíola Stadler, membro da Pastoral da Liturgia, que está organizando a missa.

Santos óleos

Na manhã da Quinta-Feira Santa, em todas as Catedrais das dioceses do mundo, de acordo com a realidade de cada uma, é celebrada a Missa do Crisma, quando, durante essa liturgia, o bispo e o clero diocesano concelebram e realizam dois ritos principais: a bênção dos Santos Óleos, que incluem o Óleo do Crisma, o Óleo dos Enfermos e o Óleo do Batismo, e a Renovação das Promessas Sacerdotais dos padres perante o bispo.

A Missa do Crisma é um momento importante para a Igreja Católica e é celebrada pelo Bispo da diocese em conjunto com os sacerdotes locais. É uma oportunidade para a comunidade religiosa se reunir, honrar a vocação sacerdotal e renovar o compromisso de servir a Deus e à comunidade.

Durante a cerimônia, o bispo abençoa os óleos que serão usados nos sacramentos. O óleo do Crisma é utilizado em batismos, confirmações e ordenações de sacerdotes, simbolizando a força e o poder de Deus. O óleo dos catecúmenos é usado no batismo, simbolizando a purificação e a renovação da alma.

Já o óleo dos enfermos é usado na unção dos doentes, simbolizando a cura e a consolação divina. Além da bênção dos óleos, a Missa do Crisma é uma oportunidade para os sacerdotes renovarem seus votos e se comprometerem novamente com a missão de servir a Deus e à comunidade. É uma ocasião para agradecer a Deus pela vocação e para buscar forças para continuar no caminho da santidade.

“A renovação das promessas sacerdotais consiste na reafirmação do compromisso de servir ao povo de Deus, em conformidade com o ministério que nos foi outorgado por Jesus Cristo, que nos fez Reino e sacerdotes para Deus Pai. Essa renovação é celebrada durante a Missa do Crisma, quando lembramos que o Espírito do Senhor está sobre nós, ungindo-nos para anunciar a Boa Nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção aos cativos e libertação aos prisioneiros”, esclarece Dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG).


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