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Saiba como se previnir contra animais peçonhentos durante o verão

Sesa indica cuidados com animais peçonhentos no verão Boca no Trombone Sesa indica cuidados com animais peçonhentos no verão
Foto: Juliana Cequinel/Sesa
Acidentes com animais peçonhentos aumentam no verão; saiba como se proteger e agir em caso de emergência.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) repassou orientações à população a respeito dos riscos associados a acidentes com animais peçonhentos, tanto terrestres quanto aquáticos, que se tornam mais frequentes durante os meses de calor. O intervalo entre dezembro e março é especialmente crítico, uma vez que coincide com o aumento da movimentação nas áreas turísticas e naturais, além de propiciar um metabolismo mais ativo desses animais devido à busca por alimento e reprodução.

Para prevenir acidentes envolvendo espécies como cobras, escorpiões, aranhas e lagartas, a Sesa sugere a implementação de práticas simples e eficazes. Em atividades ao ar livre, como trilhas e jardinagem, é imprescindível utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs), incluindo botas e luvas. Os cidadãos devem também estar atentos a locais propensos à presença desses animais, como buracos no solo, ocos de árvores, pilhas de lenha e pedras. O contato direto com esses ambientes deve ser evitado sempre que possível. Além disso, roupas, calçados e toalhas devem ser inspecionados antes do uso.

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No ambiente doméstico, recomenda-se afastar camas e berços das paredes e garantir que os lençóis não toquem o chão. Essas precauções ajudam a prevenir que aranhas e escorpiões subam nas superfícies internas. Caso um animal peçonhento seja encontrado, a orientação é manter distância segura e chamar profissionais qualificados, como bombeiros ou agentes de vigilância sanitária.

Recentemente, foi registrado um incidente grave envolvendo a lagarta do gênero Lonomia, após um período sem ocorrências. O contato com essa lagarta pode desencadear uma síndrome hemorrágica severa que pode levar à morte se não for tratada adequadamente. Essas lagartas habitam colônias e o contato simultâneo com várias delas pode agravar os efeitos do veneno.

A bióloga Juliana Cequinel, da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Sesa, enfatizou a importância da vigilância em áreas arborizadas onde as Lonomias se alojam. “É crucial verificar troncos de árvores antes de tocá-los ou se encostar”, alertou ela. “Qualquer acidente deve ser tratado imediatamente em um serviço de saúde para garantir o tratamento adequado”.

No contexto aquático, o perigo se intensifica devido à presença de águas-vivas, caravelas, ouriços-do-mar, arraias e bagres. Dados do Corpo de Bombeiros revelam que entre 14 de dezembro e 2 de janeiro foram realizados 8.017 atendimentos relacionados a picadas de água-viva no litoral paranaense.

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A Sesa recomenda que os banhistas sigam as instruções dos postos de guarda-vidas e evitem praias com histórico recente de incidentes envolvendo águas-vivas ou caravelas. Em áreas rochosas ou com pedras soltas, é vital utilizar calçados apropriados e evitar colocar as mãos em buracos ou sob pedras. Durante atividades em rios ou lagos, atenção especial deve ser dada ao manuseio dos peixes durante a pesca.

Em caso de acidente com animal peçonhento, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente. Todos os serviços de saúde estão preparados para oferecer avaliação e tratamento adequados, incluindo soroterapia quando necessário.

Enquanto aguarda atendimento médico, algumas medidas podem ser adotadas:

  • Lavar o local da picada com água e sabão (exceto em casos envolvendo águas-vivas ou caravelas).
  • Manter a vítima em repouso com o membro afetado elevado.
  • Remover acessórios apertados das extremidades afetadas.
  • Para picadas de águas-vivas ou caravelas, buscar o posto de salva-vidas mais próximo; aplicar vinagre na área afetada sem esfregar e usar compressas frias com pacotes fechados de gelo.

É essencial que a vítima forneça informações detalhadas sobre o animal envolvido no acidente ao profissional de saúde que prestar atendimento.

Juliana Cequinel ressaltou: “Caso seja possível trazer uma foto do animal ou o próprio animal morto, isso será extremamente útil para auxiliar no diagnóstico preciso e na definição do tratamento apropriado”.

*Com informações da Agência Estadual de Notícias 

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