Recentemente, o Instituto Água e Terra (IAT) divulgou dados animadores sobre o fluxo de visitantes nas Unidades de Conservação (UCs) do estado do Paraná. No primeiro trimestre deste ano, os parques estaduais atraíram 214.493 visitantes, marcando um crescimento de 4,72% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 204.825 turistas.
O Parque Estadual da Serra da Baitaca, localizado entre Piraquara e Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, foi o destaque desta alta. Com um total de 25.411 visitantes nos primeiros três meses do ano, o parque superou seu próprio recorde, apresentando um aumento de 20,7% em comparação a 2024. Apenas no mês de março, 12.707 pessoas visitaram essa unidade conservacionista, famosa por suas atrações naturais, como os morros Pão de Loth e Anhangava e o Caminho do Itupava.
Outras UCs também mostraram resultados positivos: a Ilha do Mel, em Paranaguá, no litoral paranaense, registrou um crescimento de 14%, passando de 94.351 para 107.552 visitantes; o Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, teve um aumento de 12%, indo de 6.855 para 7.676 turistas; e o Monumento Natural Salto São João, em Prudentópolis, viu sua frequência crescer de 4.832 para 5.326 visitantes (um incremento de 10,2%). O IAT opera sob a supervisão da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O secretário Rafael Greca ressaltou que esse aumento é uma vitória na conscientização ambiental e na educação ecológica: “É gratificante observar que mais pessoas estão se interessando pela natureza e pelos espaços que promovem a educação ambiental”, afirmou. Ele observou ainda que os cidadãos estão buscando atividades além da simples contemplação das paisagens naturais, como caminhadas e cicloturismo, refletindo uma tendência crescente por turismo ativo.
Marina Rampim, chefe da Unidade de Conservação da Serra da Baitaca, também destacou a importância do turismo ecológico nesse aumento significativo: “O parque oferece uma combinação única de aventura e lazer em meio à natureza”, comentou. Ela mencionou que o fácil acesso ao local — apenas 40 minutos de Curitiba — e suas trilhas acessíveis atraem diversos perfis de visitantes.
No entanto, Marina fez um apelo à preservação ambiental: “É fundamental respeitar as normas das UCs para garantir a conservação desses espaços”, alertou. Entre as restrições estão a proibição da entrada com animais domésticos e o uso de drones em várias áreas. O descarte inadequado de lixo é uma das principais preocupações mencionadas pela chefe da unidade.
Crescimento
O crescimento no número de visitantes não é um fenômeno isolado; em 2024, as UCs paranaenses registraram uma alta geral de 9,2%, aumentando o total de frequentadores de 545.460 em 2023 para 595.905 este ano. Esse levantamento abrangeu 26 unidades abertas à visitação pública.
A pesquisa também revelou que duas UCs paranaenses figuraram entre as mais visitadas do Brasil: a Ilha do Mel foi classificada como a sexta UC estadual mais popular em 2023 com 172.952 visitantes, enquanto o Parque Estadual do Monge ficou em nono lugar com 83.871 turistas. O Parque do Cocó, no Ceará, liderou com 598.748 visitas.
De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Semeia, focado no desenvolvimento sustentável das UCs brasileiras, o Parque Nacional do Iguaçu se destacou entre os parques nacionais com mais visitantes em 2023, recebendo aproximadamente 1.800.225 pessoas.
No total, o Paraná conta atualmente com 74 Unidades de Conservação registradas pelo IAT, abrangendo uma área superior a 26 mil km² protegida por legislação específica. Essas UCs incluem diferentes categorias destinadas ao uso sustentável e proteção integral dos ecossistemas locais.
*Com informações da AEN